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comparativo, a adoção de duas orientações de fachadas – norte e sul. Devido à dificuldade de
acesso às lojas, houve a necessidade de iniciar-se a simulação a partir das fachadas principais de
orientação sul, sendo estas as lojas que efetivamente permitiram o acesso da equipe para os
levantamentos.
4.5 Análise quanto ao percentual de aberturas na fachada (PAF)
Dentre as edificações construídas com paredes com CT > 500 kJ/(m².K), estas foram classificadas
em dois grupos para análise: as com percentual de aberturas da fachada principal pequeno (PAF
até 30%) e as com percentual de aberturas na fachada principal grande (PAF maior que 30%). As
edificações com paredes mais espessas foram dividas dessa forma em função de existirem
diferentes graus de descaracterização nas construções. Considerou-se então edificação
conservada, aquela que possui percentual de aberturas das fachadas principal (PAF) preservado
conforme o original, normalmente enquadrado no valor de até 30%. Já as edificações
consideradas descaracterizadas serão as que possuem alterações em seu PAF como abertura de
vãos nas fachadas, aumentando o PAF da fachada, fazendo normalmente com que esse seja
superior a 30%.
Em função dos levantamentos gerais terem sido realizados observando-se somente as fachadas
principais dos prédios, adotou-se que se utilizariam estes percentuais de aberturas nas fachadas
principais como critérios de escolha para edificações, sendo PAF pequeno (até 30%) e PAF
grande (superior a 30%). O RTQ-C utiliza o PAFT, Percentual de Área de Abertura na Fachada
total, que é a razão entre a soma das áreas de abertura envidraçada, ou com fechamento
transparente/translúcido, de cada fachada e a área total de fachada da edificação. Para as
avaliações e para as equações necessárias, o PAFT foi utilizado, somente para escolha de
percentuais de aberturas nas fachadas das edificações houve esta variação de utilização da
variável.
4.6 Análise quanto à exposição da cobertura
As edificações com paredes com CT > 500 kJ/(m².K) foram classificadas quanto à exposição da
cobertura ou não, ou seja, serão avaliadas lojas que possuem cobertura exposta ao meio externo
e lojas que estão localizadas no pavimento térreo e sobreloja de edifícios e que, por sua vez,
possuem coberturas não expostas ao meio exterior. Nas últimas décadas, um novo modelo de loja
tornou-se recorrente, loja no térreo, com mezanino, com edifício residencial ou de escritórios em
cima.
5. RESULTADOS
5.1 Resultados da classificação tipológica
Atualmente, existem muitas metodologias de análise da edificação, para o entendimento da
evolução cronológica das tipologias. Waisman (1972) apresenta um rol de características de
análise de um edifício, tais como: “estrutura” - sentido tecnológico; “forma” - modo de conferir
forma aos espaços; “função” - objetivo social que há de cumprir a arquitetura para entender os
requerimentos que a sociedade lhe apresenta; “relação com o entorno” - aspecto formal e
funcionalidade externa; “tecnologia ambiental” – eficiência energética.
Neste trabalho, o tipo foi avaliado baseado principalmente no método de Waisman (1972), onde a
“função” foi trabalhada em relação ao tipo de uso das edificações; a “relação com o entorno” no
que diz respeito ao posicionamento na quadra, se situado em lotes de esquina ou meio de quadra;