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afirmando erroneamente que não existiam ou negando conhecimento a respeito disso. Constatamos
que existe uma insipiência do público em relação aos rios urbanos, gerando ainda mais degradação
e a visão da água como “problema”.
As demais informações obtidas no questionário foram assim classificadas: a drenagem na escala
do lote; áreas verdes e espaços livres na escala do bairro; e ambas no contexto da cidade.
4.1 DRENAGEM: A ESCALA DO LOTE
Ao analisar a escala do lote, está sendo avaliada a infraestrutura verde na microdrenagem da
propriedade privada (FOSTER; LOWE; WINKELMAN, 2011). Das 83 pessoas entrevistadas,
constatamos que apenas 4 possuem reservatórios (cisternas) para coleta de água de chuva, sendo
3 instaladas em residências e 1 em apartamento. Entretanto, quando questionados quais sistemas
de captação e retenção de águas pluviais achavam mais interessante, 48 pessoas escolheram a
instalação de cisterna em sua residência (Figura 3). Esses dados exprimem a falta de conhecimento
da população a respeito da funcionalidade desses sistemas, e reforçam a importância da educação
ambiental junto à comunidade. Como Cormier e Pellegrino (2008) ressaltam, a educação é um dos
meios de conexão entre os moradores e a infraestrutura verde, melhor ainda se for observado e
vivenciado.
Figura 10.
Caracterização do lote quanto à área externa da residência
Quanto à permeabilidade do lote, 56 pessoas (67,47%) responderam que residem em locais cuja
área livre é toda cimentada ou com revestimento (Figura 2), sendo 39 delas referente às residências,
que teoricamente, são as moradias com maior possibilidade de existência de áreas permeáveis e
outros meios de microdrenagem. Constatou-se que vários entrevistados não viam um