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3. MÉTODO DE PESQUISA
Foram coletadas amostras de rochas basálticas provenientes da Formação Várzea do Cedro, na
cidade de Caxias do Sul/RS. O material foi caracterizado química e mineralogicamente em processo
semelhante ao apresentado por Koppe (2013) e Guindani (2015), sendo a composição química
determinada através do ensaio quantitativo de análise química e fluorescência de Raios X (FRX),
complementado por difração de Raios X (DRX), onde puderam ser avaliados os picos cristalinos e
as condições de amorfismo do material. Para ambos os ensaios, foram utilizadas amostras da rocha
após procedimento de trituração, moagem e peneiramento, resultando em material 100% passante
na peneira de 44 μm. Já a caracterização mineralógica, foi realizada através da análise de
petrografia, que demandou lâminas delgadas, produzidas a partir de amostras de fragmentos de
rocha, que passaram pelo processo de corte e de desbaste em uma serra diamantada, até uma
espessura de 0,03 mm.
Além da caracterização química e mineralógica, o material foi analisado quanto ao comportamento
mecânico por meio de pastas de cimento álcali-ativado, produzidas com o material em estado
natural, passante na peneira de 44 μm. O material foi ativado com uma solução de NaOH e Na
2
O
3
Si,
na concentração de 10 M, com variações na relação sílica/óxido de sódio (módulo de sílica
SiO
2
/Na
2
O), ajustado em 0; 0,5; 1 e 1,5.
A produção das pastas álcali-ativadas foram adaptada de Longhi et al. (2016), utilizando-se ativador
à uma temperatura de 80ºC, com mistura manual por um minuto. Os corpos de prova foram
moldados (Figura 2) em formas cúbicas com dimensão de 1,5 cm³, vibrados durante 60 segundos
em uma plataforma vibratória com amplitude de 2 mm. Após moldados passaram por um processo
de cura térmica nas primeiras 24h em estufa a uma temperatura de 80ºC e, posteriormente mantidas
à 20ºC até o momento da ruptura.
Figura 2.
Produção das pastas
A) material pulverulento seco; B) mistura com o ativador em diferentes módulos de sílica; C) moldagem da
pasta.
Os corpos de prova, após desmoldados, foram nivelados com auxílio de uma lixa n° 100, com o
intuito de que ficassem com as faces paralelas e niveladas para o ensaio de resistência à
compressão axial, realizado em idades de 7, 14 e 28 dias. O ensaio de rompimento foi realizado em
uma prensa EMIC DL 2000, com capacidade de carga de 2000 kgf e erro inferior a 0,5%. A aplicação
de carga foi realizada com uma velocidade de deslocamento da prensa igual a 0,5 mm/min.