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contaminantes, oriundos do seu processo de produção (sendo os principais: etilbenzeno, cumeno
e xilenos), afetam o peso molecular do poliestireno (BNDES, 2002).
Para Tessari (2006), a produção de poliestireno é responsável por grande parte do consumo de
estireno disponível no mercado, com aproximadamente 74%. Deste total 14% destinam-se à
produção de EPS e os 60% restantes para a produção de poliestirenos cristal e de alto impacto.
A norma de desempenho NBR 15575 (ABNT, 2013), buscando apresentar projeções para
edificações duráveis, objetiva ressaltar a avaliação de tecnologias e sistemas construtivos
habitacionais, com base em requisitos e critérios de desempenho expresso em normas técnicas
vigentes (POSSAN; DEMOLINER, 2014). O ensaio de choque térmico, apresentado na NBR 15575-
4 estabelece não só os requisitos, como também critérios e métodos para a avaliação do
desempenho de sistemas de vedações verticais externas (SVVE) de edificações ou de seus
elementos frente às oscilações de temperatura (ABNT, 2013).
Para Esquivel (2009), o choque térmico em um SVVE ocorre após um período de forte insolação, o
qual eleva a superfície do revestimento à temperatura de 80°C, e que, após essa insolação, pode
ser atingido por uma chuva intensa, a qual resfria a amostra a temperatura de 20°C, fazendo com
que haja a queda de temperatura superficial do SVVE (de 60°C), em poucos minutos.
O objetivo do ensaio de ação de calor e choque térmico está baseado em analisar o comportamento
do SVVE quanto à danos e deslocamentos, ao ser submetido a ciclos sucessivos de aquecimento
por fonte de calor (resistência elétrica blindada) e resfriamento por jatos de água (aspersores de
água, para resfriar a amostra de forma homogênea). Esse ensaio simula, de forma simplificada
(aplicação de 10 ciclos contínuos de aquecimento e resfriamento) o estresse causado pela variação
de temperatura e umidade associada à ação das chuvas sobre os elementos do SVVE aquecidos,
que ocorre durante a vida útil de um edifício exposto às intempéries (LORENZI, 2013).
Sentena (2015) ressalta que as argamassas de revestimentos estão sujeitas a dilatações com o
aumento da temperatura e a contrações com a diminuição da mesma. A variação de temperaturas,
que pode ser por fatores externos como fatores internos, gera tensões internas que ocasionam a
formação de fissuras.
Esquivel (2009) afirma que um dos agentes responsável pela degradação mecânica dos materiais
de base cimentícia é a temperatura, pois sua variação provoca tensões de tração que são a mais
prejudiciais para este tipo de material. Quanto maior for a variação da temperatura maior será a
taxa de carregamento do material, assim as propagações das deformações de origem térmica
dependem da velocidade de resposta do material.
Oliveira, Fontenelle e Mitidieri Filho (2014) apontam que quando ocorre um choque térmico que é
produzido por uma diferença de temperatura entre a superfície do corpo e seu interior, esta variação
pode causar tensões de elevada magnitude no material. Os sistemas mais afetados por estes
fenômenos são os de sistemas leves e aqueles compostos de várias camadas, com elementos
heterogêneos.
Outro ensaio realizado para avaliar a durabilidade do material empregado é o ensaio de resistência
ao crescimento de fungos emboloradores que visa representar o comportamento do revestimento
utilizado no SVVE, de forma similar ao acontecido cotidianamente, visto que corpos de prova, de
dimensões reduzidas do SVVE, são submetidas à condições climáticas estabelecidas pela ASTM
D 3273 (ASTM, 2016).
Adams et al
.
(2013) informam que a maioria das manifestações patológicas que envolvem a
presença de fungos são desencadeadas pela presença inicial de água-agente degradante de
presença marcante nas edificações. Sua identificação ocorre de maneira visual, através de
mudanças de tonalidade ou aspectos relacionados à superfície dos materiais.