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A avaliação dos indicadores para Passo Fundo mostra que os três setores (residencial, comercial e
industrial) consomem aproximadamente a mesma quantidade de energia. No entanto, quando se
avalia o consumo de eletricidade por unidade de consumo, pode ser visto que existe uma elevada
demanda por parte das indústrias. Outro destaque desta área para a cidade de Passo Fundo é o
alto custo da tarifa de eletricidade residencial, que acaba afetando a sustentabilidade social da
região.
Já em Santa Maria, verifica-se pelo consumo por setor que a indústria não é tão forte, sendo mais
significativo o consumo residencial; porém, também é das indústrias o maior consumo por unidade,
o que representa que este setor pode ser o prioritário no momento de receber medidas de eficiência,
já que uma pequena ação pode representar grande economia.
E por fim, em Porto Alegre, o setor que se destaca em consumo é o comercial, que também é o que
apresenta maior consumo por unidade consumidora dos três municípios.
Quanto aos indicadores de percentual de domicílios atendidos por energia elétrica, verifica-se que
quase que a totalidade dos domicílios são atendidos nas três cidades analisadas, mas ainda assim
o ideal é a busca pelo valor de 100% em todas elas.
O percentual do consumo de energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis é igual em
ambas as cidades, com percentual igual a 77,5%, sendo este valor adaptado do Balanço Energético
do Rio Grande do Sul (por ser inviável calcular um percentual para cada município, pela conexão
das redes de energia).
A pesquisa por melhores práticas em diferentes referências bibliográficas (AMPLA, 2015;
CICLOVIVO, 2014; EXAME, 2015; PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS, 2015; SALVADOR,
2016; SOLAR ROAD, 2015;) resultou na seleção de 6 principais práticas, sendo elas:
1. Estradas capazes de gerar energia solar:
a ideia é substituir o asfalto por blocos de placas
solares resistentes que conseguem captar a luz do sol.
2. IPTU verde como incentivo à eficiência energética:
prefeituras concedem até 10% de
desconto no Imposto Predial e Territorial Urbano para imóveis residenciais e não
residenciais que adotem medidas de sustentabilidade, proteção, preservação e recuperação
do meio ambiente.
3. Implantação de iluminação mais eficiente:
prefeituras investem na tecnologia de
iluminação LED na iluminação pública.
4. Utilização de estacionamentos solares:
estacionamentos cuja cobertura é feita com
placas solares. A energia gerada é capaz de suprir toda a demanda do próprio
estacionamento e dos empreendimentos do entorno.
5. Energia oriunda do esgoto:
o ponto inicial da prática é a captação das fezes humanas
através das descargas dadas nos banheiros das casas e que chegam em uma estação
especial de tratamento. Logo após a captação e separação dos dejetos, o lodo é fermentado
anaerobicamente. O gás gerado, metano, é coletado e distribuído nas residências,
garantindo o funcionamento dos sistemas de calefação e/ou para geração de energia (e os
resíduos sólidos podem ser utilizados como fertilizantes).