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treated effluent at outlet of the treatment station. Was elaborated and detailed the systematics of the
system operation in order to predict the supply with potable water in situations of lack of treated
effluent. The possibility of expansion of the reuse system was also taken into account, being that the
dimensioned components adopted the hypothesis of future extensions of demands. With the analysis
of physico-chemical parameters of the effluent, it was possible to conclude that there is a qualitative
viability for the reuse system intended, since all parameters analyzed obtain the recommended levels
for the intended use. In addition to this, the amount of effluent generated was also higher than the
calculated demand, thus making it possible to reuse treated effluent in sanitary bowls of the industry.
Keywords:
effluent treatment, reuse, sustainability, industry.
1. INTRODUÇÃO
O conceito de abundância de água ainda hoje é muito forte, principalmente no Brasil, um dos países
que mais dispõe deste recurso. Porém, a análise mais incisiva da condição brasileira demonstra um
cenário totalmente diferente.
O Brasil é considerado um dos países mais ricos em recursos hídricos naturais do mundo,
apresentando vazões médias geradas de 180 mil m³/s. Porém, a sua grande variabilidade climática
se reflete em uma distribuição territorial desigual dos recursos hídricos disponíveis. Enquanto a
região com maior escassez de água apresenta disponibilidade hídrica inferior a 100 m³/s (Região
Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental), na Região Hidrográfica Amazônica a disponibilidade é
extremamente elevada, atingindo vazões de 74 mil m³/s (ANA, 2010).
Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, 2017), no ano de 2015
cerca de 83,3% da população do Brasil eram atendidos com abastecimento de água tratada.
A escassez de água é uma realidade não apenas nas áreas de clima desfavorável, mas também
nas regiões com grande concentração populacional, como é o caso das áreas metropolitanas
(ANÁLISE GESTÃO AMBIENTAL, 2007).
Na atual situação econômica e social, as instituições tanto públicas como privadas buscam se
adequar às legislações vigentes e também buscam a sustentabilidade em seus projetos. Neste
contexto, a indústria também busca aumentar sua competitividade, otimizando custos e recursos.
1.1 Reúso de Efluentes Tratados
A prática do reúso ainda é uma realidade distante da maioria da população e das empresas. Mas
antes de se adotar esta prática, são necessários estudos a fim de se certificar de que a qualidade
do efluente seja adequada a utilização desejada, fazendo-se uma avaliação potencial com dados
concretos dos efluentes tratados, padrões normativos de emissão e também aplicações ou
utilização final dos mesmos.
A disponibilidade de efluente, bem como a qualidade requerida para os mais diversos usos
pretendidos, é que determinam normalmente a técnica de tratamento necessária para a prática do
reúso. Dependendo da aplicação específica que se pretende fazer da água de reúso, os padrões
de qualidade requerem tratamentos adicionais com vistas a remoção dos nutrientes, redução da
demanda de oxigênio, remoção de sólidos suspensos, cor, sabor, odor e também a neutralização
dos organismos patogênicos (MIERZWA; HESPANHOL, 2005).
O reúso planejado da água pode ser utilizado para fins potáveis ou não potáveis. Para o reúso não
potável, segundo SABESP (2016) podem ser enquadradas algumas aplicações, como a lavagem
de veículos; uso interno de águas em edificações públicas, industriais, comerciais ou residenciais;
sistemas decorativos aquáticos; entre outras. Algumas destas aplicações apresentam um consumo
elevado de água, como por exemplo as bacias sanitárias. Em termos quantitativos de consumo, de
acordo com Eriksson et al. (2002), em uma edificação a bacia sanitária é considerada uma das