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Para o resíduo de madeira (Figura 5), há valores consideráveis nos momentos iniciais das obras

com uma geração de resíduos aumentando ao longo dos meses e, logo após, invertendo seu

comportamento para medições de valores decrescentes a partir do momento em que se termina a

execução da estrutura e a obra vai chegando ao fim, surgindo outros materiais que passam a ser

utilizados para o acabamento da construção. Isso prova que à medida que a construção vai se

desenvolvendo, a utilização desse insumo também se processa.

Algumas medições pontuais, as quais, no gráfico, o indicador foi zero, significam a ocorrência de

alguma interferência na medição do mês, como o não recolhimento do resíduo naquele mês, o que

não influenciou a análise do indicador.

4.2 APLICAÇÃO NO SISTEMA DE GESTÃO

Dentro do contexto de um sistema de gestão, o que, normalmente, se observa é o conjunto de

requisitos especificados pelas normas, delimitando as tarefas a serem realizadas a fim de garantir

o controle dos processos. Quando o tempo de implementação do sistema de gestão confere à

empresa um nível de maturidade considerável, muitas das atividades, quando solidamente

desenvolvidas, passam a auxiliar na melhoria contínua, influenciando-se reciprocamente. Dessa

forma, os requisitos definem as ações e essas retornam e interferem umas nas outras, capacitando

ainda mais o próprio requisito. Partindo dessa premissa, percebe-se que o gerenciamento dos

resíduos pode ser utilizado como ferramenta para a promoção da melhoria contínua dos processos

dentro das obras, fornecendo importantes informações para o embasamento de tomadas de

decisões.

4.3 APLICAÇÃO NA IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO

Conforme institui a Política Municipal de Resíduos Sólidos de Passo Fundo, as empresas de

construção civil estão sujeitas à elaboração de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Sendo assim, com os dados dos indicadores, é possível a elaboração de um projeto de

gerenciamento dos resíduos, que terá como objetivo o estabelecimento dos procedimentos

necessários para o manejo e a destinação ambientalmente adequados dos resíduos, de modo que

sejam contempladas as diferentes etapas: caracterização, triagem, acondicionamento, transporte e

destinação.

4.4 APLICAÇÃO NAS ETAPAS DE PLANEJAMENTO

4.4.1 NO PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO

Uma das grandes dificuldades existentes no processo de elaboração do planejamento de obra é

obter dados que permitam estimar as produtividades e os tempos de execução dos serviços e,

normalmente, o que se faz é planejar, com base na experiência da equipe, sem se levar em

consideração dados reais e indicadores. Além disso, nesse contexto, também existem outras tarefas

que necessitam ser incorporadas nessa equação, a fim de se ter um planejamento adequado que

corresponda às necessidades da obra. Devem ser levados em consideração, por exemplo, o tempo

perdido com dias de chuva, o tempo perdido com os ajustes de segurança do trabalho e, também,

os tempos perdidos com o manejo dos resíduos (recolhimento, transporte, armazenagem) dentro

do canteiro de obras.

Os indicadores permitem, no momento da elaboração de uma linha de balanço, que sejam utilizadas

essas informações para que, por exemplo, os tempos planejados e as produtividades estimadas

dos colaboradores possam estar “mais fiéis” à realidade.