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4. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO EM
OBRAS VERTICAIS EM UMMUNICÍPIO DO LITORAL DO RIO GRANDE DO
SUL /RS
DA SILVA, Matheus Dalsotto
1
(matheus_dalsotto@hotmail.com); CAETANO, Marcelo Oliveira*
1
(mocaetano@unisinos.brl); DAI PRÁ, Léa Beatriz
1
( biadaipra@gmail.com), GOMES, Luciana
Paulo
1
1
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Brasil
*
Autor correspondente
RESUMO
A gestão e o gerenciamento de resíduos de construção e demolição (RCD) nos municípios
litorâneos destaca-se devido à quantidade de RCD per capita gerados anualmente. Percebe-se,
nestas áreas, a necessidade de implantação de uma infraestrutura para atender uma população
flutuante de cerca de dez vezes maior do que a população residente. Esta problemática motivou o
estudo do gerenciamento de RCD em um dos maiores municípios litorâneos do Rio Grande do Sul,
Brasil. Até o primeiro semestre de 2016, o município estudo de caso possuía 50 novas obras
verticais. A pesquisa avaliou uma amostra de 52% das referidas obras (geradores de RCD) e 100%
dos prestadores de serviços ambientais (coleta, transporte e destinação final de RCD).
Desenvolveu-se uma metodologia quantitativa com aplicação de um questionário semiestruturado,
visitas técnicas presenciais e quantificação de RCD Classe A gerados, coletados e destinados. Os
resultados mostraram que os resíduos Classe A gerados por este tipo de obra, representam 20%
do total de RCD gerado em todo município. Das construtoras que atuam neste segmento, 91%
possui conhecimento da Resolução CONAMA Nº 307 de 2002, porém apenas 41% delas realizam
o programa de gestão. A avaliação quantitativa mostrou uma geração de RCD Classe A igual a
202,9 t/dia. Considerando uma população de 47.148 habitantes, verifica-se uma geração per capita
de 4,30 kg/hab.dia. Referente a coleta de RCD, esta ocorre de maneira eficiente por parte dos
transportadores, porém muitas vezes a destinação final não é realizada em locais ambientalmente
adequados. O levantamento de dados mostrou uma diferença entre os RCD transportados e
tratados/destinados de cerca de 25%. Esta diferença refere-se à comercialização de resíduos para
empresas, sem licenciamento ambiental, utilizarem como aterro. Observou-se, por fim, que a
inexistência de legislação e/ou padronização municipal para o gerenciamento de RCD, dificulta o
correto fluxo de manejo de resíduos sólidos.
Palavras-chave:
Resíduos de Construção e Demolição, RCD, Obras Verticais, Geradores, Litoral.