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articles published, 88.06% of the total, which addressed several themes, where the most stood out

was "sustainability".

Keywords:

evolution, trend, bibliometry, sustainability

1. INTRODUÇÃO

A agenda 21 conceitua a construção sustentável como "um processo holístico que aspira a

restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído, e a criação de

assentamentos que afirmem a dignidade humana e encorajem a equidade econômica". (MMA,

2016). Apesar de uma conscientização tardia, o setor da construção civil vem adotando uma postura

proativa em relação às questões ambientais, o que pode ser observado através do surgimento de

novos produtos, por exemplo. Estes apresentam tendências mais sustentáveis, com possibilidades

de reaproveitamento e minimização do uso de recursos, como nos casos de vasos sanitários com

redução de vazão, torneiras com sensores, sistemas de geração de energia alternativa, dentre

outros. (CARVALHO; SPOSTO, 2012). Têm-se observado o crescimento mundial da utilização de

materiais inovadores e menos impactantes - isso se deve ao fato do setor ser visto como um grande

consumidor de recursos naturais, além de ser responsável por diversas emissões que provocam

impactos negativos no meio ambiente. (MORELLI; LIMA; JÚNIOR, 2012).

Para Castanheira, Bragança e Mateus (2014), o desenvolvimento de metodologias que permitam

apoiar os profissionais na criação de projetos mais sustentáveis, bem como mostrar-lhes os

benefícios associados, são de suma importância para a materialização desse conceito. Carvalho e

Sposto (2012) afirmam que é no projeto onde os produtos e as técnicas são definidos e

especificados, trata-se do elemento indutor da racionalização da construção e da qualidade do

produto final. Segundo Junior e Romanel (2013), projetos mais eficientes e com foco ambiental

aplicado aos métodos e materiais utilizados podem auxiliar na eliminação do descarte incorreto de

resíduos do processo. Neste contexto, ainda está presente o tratamento de tais resíduos, que exige

uma nova abordagem, tal como uma logística circular com reciclagem e aproveitamento de

recursos.

Atualmente, os desafios para o setor estão na redução e otimização do consumo de materiais e

energia, na redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria da

qualidade do ambiente construído. Surge então a necessidade de novos conceitos arquitetônicos,

com maior flexibilidade nos projetos, permitindo a readequação de estruturas para usos futuros e

evitando deste modo as demolições. Além disso, é importante que sejam incluídas a gestão da

água, energia e resíduos e previstas ações para redução da geração de resíduos e do uso de

materiais com alto impacto ambiental.

Neste cenário de mudanças, a sustentabilidade e inteligência das edificações vêm sendo avaliadas

sob vários parâmetros e selos criados para este propósito. Os sistemas de certificação ambiental

de edifícios, por exemplo, têm sido desenvolvidos devido aos impactos ambientais causados pela

construção civil. A certificação ambiental neste âmbito pode ser considerada uma ferramenta para

auxiliar a sustentabilidade ambiental no setor, cada vez mais afirmado no cenário mundial.

(PICCOLI et al., 2010). No entanto, é fundamental que o processo de avaliação e classificação seja

realizado sob a perspectiva de todo o processo, desde a extração da matéria prima até a finalização

da obra, compreendida assim de maneira mais abrangente. (MANHÃES; ARAUJO, 2014).