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Com todo esse trabalho em conjunto com inúmeros casos bem-sucedidos como, por exemplo, o

complexo Ford Rouge Center (WILLIAM MCDONOUGH AND PARTNERS; MBDC, 2011) e a linha

Nike Considered (RABIN, 2002), McDonough e Braungart lançaram o livro “

Cradle to Cradle:

remaking the way we make things

” (Cradle to Cradle: criar e reciclar ilimitadamente) em 2002

(MBDC, 2016b). Neste, os autores abordam assuntos sobre sustentabilidade, desafiam o

pensamento quanto ao jeito com que se produz bens de consumo atualmente na indústria

mundial, além de apresentar o conceito de C2C e eco-efetividade e mostrar estudos de caso bem-

sucedidos (BRAUNGART; MCDONOUGH, 2002). O livro chegou ao Brasil em 2013 quando foi

traduzido para o português pela editora G. Gili, de São Paulo, com o nome de “

Cradle to Cradle:

criar e reciclar ilimitadamente”

(BRAUNGART; MCDONOUGH, 2002).

Em 2005, a MBDC criou o

Cradle to Cradle Certified

TM

Program

, o qual foi o início da certificação

de produtos baseado nos princípios C2C (MBDC, 2016b). Por fim, em 2010, McDonough e

Braungart concederam os direitos da certificação para o

Cradle to Cradle Products Innovation

Institute

(C2CPII), o qual é uma organização não lucrativa com sede em São Francisco, Califórnia,

liderada por Lewis Perkins e financiada através de doações e valores recebidos através do

processo de certificação de produtos (C2CPII, 2016b).

4.2 O conceito Cradle to Cradle

Atualmente, um dos métodos mais utilizados para determinar se um produto é ou não sustentável

é através da avaliação de sua eco-eficiência utilizando o recurso da Avaliação do Ciclo de Vida

definida pelas ISO 14040 e ISO 14044 (2006). O termo “eco-eficiência” é definido comumente

como “adicionar o máximo de valor com o uso mínimo de recursos e mínima poluição”, ou seja,

visar a sustentabilidade nos processos de produção (HUESEMANN, 2004).

Entretanto, autores defendem que este tipo de abordagem apenas reduz o impacto negativo ao

meio ambiente (BRAUNGART; MCDONOUGH, 2002; EHRENFELD, 2009; HUESEMANN, 2004).

Por outro lado, deve-se tomar uma atitude “eco-efetiva” que diminua ou elimine o impacto negativo

e aumente o impacto positivo ao ecossistema através de um desenvolvimento contínuo (Figura 1),

em que aliado a redução da degradação, possa-se beneficiar de alguma maneira novos processos

produtivos. É dentro deste cenário que se encontra o conceito C2C.

Figura 1.

Gráfico do Desenvolvimento Contínuo

Adaptado de MBDC, 2016a.