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Figura 7.
Esquema de funcionamento de uma Minicisterna
Outro ponto importante é que, no município de Duque de Caxias, especificamente no bairro de São
Bento, onde se localiza o projeto, o esgoto é despejado sem tratamento em corpos hídricos, o que
prejudica, além dos ecossistemas existentes, a saúde da população. Dessa forma, o trabalho
aprofundou-se nos estudos das propostas de intervenção de tratamento de esgoto por wetlands
como elemento integrante de um ciclo fechado de produção, tratamento e reutilização dos resíduos
sólidos orgânicos (ver figura 10). A proposta é, portanto, elaborar uma experiência piloto de um
sistema descentralizado de tratamento de esgoto dentro deste projeto de condomínio de habitação
de interesse social. A implementação de uma wetland serviria para tratar o esgoto secundário,
através de plantas específicas, prevendo que o esgoto primário seria tratado anteriormente através
da fossa e filtro). A escolha desse sistema específico de tratamento foi devido ao seu baixo custo
de implantação e manutenção, a disponibilidade de área, bem como a simplicidade de operação,
fatores cruciais a se pensar no contexto da região estudada. Além disso, wetlands retiram os
agentes poluidores e melhoram a qualidade de água no pós–tratamento de esgotos, também sendo
úteis na recuperação de corpos hídricos (SALATI FILHO, SALATI e SALATI, 2009; SEZERINO,
2015). Para isso, a implementação desse sistema viria juntamente com ações educadoras para
orientar a população sobre como deve ser feita a manutenção do mesmo da melhor forma possível
e também orientar sobre algumas precauções a serem tomadas, através de oficinas com a
comunidade e desenvolvimento de panfletos didáticos. Destaca-se o potencial paisagístico do
dessa estrutura junto com a ciclovia para as margens do canal que limita o terreno.
Além de propor a execução de estratégias de projeto urbano para mitigação de inundações no local,
especificamente: uma quadra poliesportiva que funcione, nos momentos de chuva, com bacia de