XXVII Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica

821 XXVII MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 19/10/2020 a 24/10/2020 Unisinos São Leopoldo e Porto Alegre Inscrição: 4198813 - apresentação oral MACHADO DE ASSIS E A REPRESENTAÇÃO DA MULHER NEGRA E ESCRAVA: O DESPRESTÍGIO SOCIAL VERSUS A IMPORTÂNCIA LITERÁRIA Autor(a): Letícia Mayer Borges Coautor(es): Orientador(es): Eliana Inge Pritsch Instituição: Unisinos (TCC - Unisinos) Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes PPG em Linguística Aplicada Machado de Assis é um dos maiores escritores da literatura brasilei- ra e sua obra é repleta de temas atemporais, como o ciúme e a iro- nia, que fazem o século que nos distancia do momento de produção parecer nulo. Entretanto, o autor foi cobrado por escritores e pes- quisadores, tanto contemporâneos quanto posteriores, por não fa- lar abertamente dos problemas do seu tempo, século XIX. O prin- cipal desses temas era a escravidão, já que além da visibilidade que tinha como romancista, contista, dramaturgo, sensor de teatro e crí- tico, Machado era negro. Com o objetivo de olhar para a obra macha- diana e identificar suas manifestações sobre a escravidão, o presente trabalho se apoia nos estudos da Estética da Recepção para conside- rar o ambiente em que Assis produziu sua obra, o Rio de Janeiro, ca- pital do antigo império e da novata república, e o momento de recep- ção, pensando nos leitores do século XXI. A metodologia de análise se deu em duas partes: a primeira mapeia a obra machadiana rea- lizando uma pesquisa quantitativa das menções do autor a perso- nagens negros escravos, negras escravas e ao próprio regime escra- vocrata; a segunda parte da análise realiza a revisão bibliográfica de pesquisadores que se preocuparam tanto com a escravidão no Rio de Janeiro do século XIX, quanto com a escravidão presente na obra machadiana, entre esses autores citam-se: Sidney Chalhoub (1996, 2003, 2012), Lilia Moritz Schwarcz (1996), John Gledson (1986), He- loísa Toller Gomes (2009), Mailde Jerônimo Trípoli (2006), Eduardo de Assis Duarte (2009) e Hélio de Seixas Guimarães (2019). Compa- rando os resultados encontrados, foi possível perceber que persona-

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