XXVII Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica
XXVII MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 19/10/2020 a 24/10/2020 Unisinos São Leopoldo e Porto Alegre 554 Inscrição: 8652061 - apresentação oral CONSTRUÇÃO DE INVENTÁRIOS E COLEÇÕES DO VÍDEO EM REDE Autor(a): Letícia Rosa Kur Coautor(es): Orientador(es): Sonia Montaño Instituição: Unisinos (PIBITI/CNPq - Unisinos) Área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas PPG em Ciências da Comunicação O presente estudo integra o projeto Laboratório de Audiovisual em Rede (LAR): audiovisualização da cultura e ecologia do vídeo na tec- nocultura contemporânea, coordenado pela Professora Dra. Sonia Montaño. O crescente número de dispositivos capazes de criar, editar e compartilhar imagens e sons faz com que o vídeo ocupe um lugar central na cultura contemporânea. A audiovisualização da cultura foi definida por Montaño (2015) como a “tendência de uma cultura para a produção audiovisual em todos os seus campos (…) desde o cien- tífico, o artístico, o cotidiano, o lúdico, o comercial, o do trabalho, o jurídico, etc”. Buscamos mapear o audiovisual em rede a fim de compreender os efeitos dessa audiovisualização da cultura. Para isso, procuramos por sites e plataformas onde o audiovisual está presente em um lugar de importância, mesmo que despercebidos pelo olhar comum. Como o Laboratório de Audiovisual em Rede se propõe a testar metodologias – ou gestos metodológicos (AGAMBEN, 2008) –, utilizamos as figuras do trapeiro (Baudelaire, Apud BENJAMIN, 1989) e do colecionador (BENJAMIN, 2006), assim como o ato de in- ventariar coleções (PIMENTEL, 2014) para entender os novos senti- dos que vão sendo dados ao vídeo na cultura. O trapeiro “compila os anais da devassidão, (...) separa as coisas, faz uma seleção inteligente; procede como um avarento com seu tesouro e se detém no entulho que, entre as maxilas da deusa indústria, vai adotar a forma de obje- tos úteis ou agradáveis” (Baudelaire, Apud BENJAMIN, 1989, p.78). Já o colecionador, segundo Walter Benjamin (2006), opera com o princípio da montagem para dar uma nova formação aos fragmentos recolhidos. E, por fim, inventariar as coleções permite fixar as ima-
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