XXVII Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica
467 XXVII MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 19/10/2020 a 24/10/2020 Unisinos São Leopoldo e Porto Alegre Inscrição: 1125927 - apresentação oral A BUSCA PELOS CÉSARES DA PATAGÔNIA E OS CONFLITOS DO MARAVILHOSO Autor(a): Micaela Colombo Coautor(es): Orientador(es): Instituição: Unisinos (UNIBIC - Unisinos) Área de conhecimento: Ciências Humanas PPG em História O “mito dos césares” faz parte de um conjunto de relatos de natu- reza similar que, ao longo do período colonial, movimentou diver- sas expedições de conquista e colonização no continente americano. A origem deste mito em particular, sobre a existência de uma cida- de perdida em alguma parte desconhecida da Patagônia, funde dois acontecimentos: a expedição de Francisco César, em 1526, que entra em contato com uma tribo que fazia parte do Império Inca; e nau- frágios ocorridos na região do Estreito de Magalhães (LATCHAM, 1929). Na primeira metade do século XX, alguns historiadores la- tino-americanos passaram a estudar o mito da Cidade dos Césares para entender sua origem e os motivos que suscitaram sua fama no Setecentos. É o caso do arqueólogo chileno Ricardo Latcham em seu livro La leyenda de los Césares: su origen y su evolución (1929), que analisa relatos de viagens em busca dos Césares e traça um parecer sobre o fracasso das expedições. Este trabalho, que é prévio à análi- se de fontes a ser feita posteriormente, objetiva comparar e discutir a historiografia produzida sobre o mito dos Césares na primeira me- tade do século XX (BAYO, 1913; LATCHAM, 1929), à luz daquela que foi produzida depois por autores amparados pela História Cul- tural, como Pastor (1988), Giucci (1992) e Greenblat (1996). Consi- deramos que o tema foi sendo atualizado de acordo com os influxos da historiografia mais recente e de acordo com as tendências teóri- co-metodológicas que se apresentavam naquelas décadas dos finais do século XX. Como conclusões preliminares podemos apontar que o conceito de “ maravilhoso ” passa da consideração de ele ser “um lu- gar” na historiografia antiga, para ser pensado como “uma ideia”, na historiografia mais recente.
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