XXVII Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica
453 XXVII MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 19/10/2020 a 24/10/2020 Unisinos São Leopoldo e Porto Alegre Inscrição: 4963947 - apresentação oral NIETZSCHE E FREUD: CULPA, MAL ESTAR E CONSCIÊNCIA MORAL Autor(a): Tim Adrianus Laurentius Mushumba Coautor(es): Orientador(es): Instituição: Unisinos (UNIBIC - Unisinos) Área de conhecimento: Ciências Humanas PPG em Filosofia O filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o famoso psicanalista Sig- mund Freud desenvolveram algumas de suas ideias em um terreno comum – pensaram o desdobramento do animal homem desde os tempos mais remotos aos nossos tempos modernos, e identificaram algumas implicações que dialogam com a nossa condição de seres morais e políticos, encerrados no “âmbito da sociedade e da paz”: a culpa, ou o estado de má consciência, aparece aqui como um sinto- ma dos impulsos instintiuais agressivos do homem que, sob o dom- nínio de legislações morais e legais, fê-lo radicalmente separado do seu passado primitivo. O estado de “má consciência”, portanto, nada mais é que a introjeção da agressividade; é um estado que gera o con- flito do homem consigo mesmo, a sua autovigilância e a sua autopu- nição. Em Nietzsche, este fenômeno surgiu nos princípios da nossas noções de direitos entre credor e devedor, e tem o seu seguimento até os fundamentos da moralidade e dos costumes; em pararelo, mas com importantes diferenças que ressaltaremos no decorrer do traba- lho, Freud atesta que a cultura dá os seus primeiros passos a partir da repressão dos impulsos agressivos, e que o indivíduo, por medo da punição da autoridade externa, volta-se contra si mesmo e cria, des- te modo, uma instância psiquica (chamada Super-ego) que vigia não somente os seus atos realizados, mas também os seus íntimos desejos e pensamentos, interiorizando, assim, o sentimento de culpa, e pos- sibilitando deste modo, como sabemos, a criação dos costumes e da moralidade.
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