XXVII Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica

XXVII MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 19/10/2020 a 24/10/2020 Unisinos São Leopoldo e Porto Alegre 444 Inscrição: 3513279 - apresentação oral A CRÍTICA DE BLACKBURN À ABORDAGEM DE PARFIT SOBRE O PROBLEMA DA IDENTIDADE PESSOAL Autor(a): Leandro Moreto da Rosa Coautor(es): Orientador(es): Denis Coitinho Silveira Instituição: Unisinos (UNIBIC - Unisinos) Área de conhecimento: Ciências Humanas PPG em Filosofia O problema da identidade pessoal lida com questões filosóficas que surgem sobre nós mesmos em virtude de sermos pessoas, muitas das quais ocorrem a quase todos nós de vez em quando no dia a dia. Quando, por exemplo, você aponta para uma criança em uma foto antiga de classe dizendo “sou eu”, pressupõe que, apesar das altera- ções físicas e mentais pelas quais possa ter passado, uma e a mesma pessoa persistiu ao longo do tempo e constitui aquilo você é. Ou seja, você se identifica com esta criança e não com outra porque identifi- cou algum critério que o permitiu fazer uma conexão entre presen- te e passado, e, tomando tal critério como base, pode ainda pensar a cerca de sua própria existência no futuro. Em seu artigo “Personal Identity” (1971) e, posteriormente, em Reasons and Persons (1984), com auxílio de experimentos mentais, Derek Parfit avaliou as possi- bilidades lógicas dos critérios apontados para solucionar o problema da identidade pessoal, colocando assim à prova a unidade da pessoa e sua pessoalidade. Seu objetivo era desmitificar a crença de que cer- tas questões importantes pressupõem uma resposta ao problema, e argumentar, em vez disso, que a solução consistiria em estimá-las in- dependentemente da questão sobre identidade. Em seu artigo “Has Kant refuted Parfit?”, Simon Blackburn contesta a perspectiva de Par- fit, fazendo uso de algumas das considerações kantianas a respeito da existência de um eu como condição de possibilidade para pensar o mundo. A estratégia de Blackburn consiste em tentar mostrar que a experiência, entendida como consciência de objetos, pressupõe a síntese de um sujeito duradouro, de modo que o sujeito não pode ser analisado redutivamente em termos das próprias experiências, como

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