XXVII Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica

XXVII MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 19/10/2020 a 24/10/2020 Unisinos São Leopoldo e Porto Alegre 426 Inscrição: 7547441 - apresentação oral O FUNK NA ESCOLA: (DES)CONSTRUINDO A IDENTIDADE FEMININA Autor(a): Luisa Reinheimer Kreche Coautor(es): Orientador(es): Instituição: FURG (Outras - Alunos externos) Área de conhecimento: Ciências Humanas PPG em Educação Durante observações do espaço da escola - ações desenvolvidas no projeto de pesquisa “O que ensinam os artefatos culturais que transi- tam no espaço/tempo da escola” (IGNÁCIO, 2019) -, foi possível per- ceber o quão presente o funk está nesse meio, através de vestuários, gírias, marcas ou músicas reproduzidas nos corredores. Estas mar- cas vão apontando a forma como se entrecruzam a cultura do funk e a cultura escolar. Pensando neste entrecruzamento, surgiu então a busca por tentar compreender algumas das narrativas sobre mulhe- res nas letras de funk. Este trabalho tem por objetivo perceber através das letras de funk, algumas narrativas que permeiam as sociedades contemporâneas, forjando as identidades femininas. Assim sendo, o funk constitui uma identidade social, ou seja, uma identidade que não se mostra intrínseca, mas que se constrói na/da cultura. (HALL, 1997). Para refinar o olhar foram usados autores como Hall (1997), Scott (1995) e Vargas (2015). No estudo, foram analisadas três mú- sicas da cantora POCAH, são elas: Casa dos Machos, Mulher do Po- der, Malandro Broxa, que retratam a objetificação da mulher (CEC- CARELLO, 2008). Nas letras das músicas essa objetificação ocorre: i) através da troca entre relações afetivas e dinheiro/status. ii) na men- ção a atos de sedução, não correspondidos, altamente sexualizados. iii) em relações afetivas onde o parceiro menospreza a mulher e, con- sequentemente, é traído. Como constatado nas escolas visitadas, o funk transita no cotidiano de jovens e crianças e passa a compor o conjunto de práticas de significação destes sujeitos, agindo no imagi- nário social contemporâneo. Logo, jovens e crianças passam a perce- ber tais formas de ser e estar como um dos modos possíveis de ins-

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