XXVII Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica

305 XXVII MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 19/10/2020 a 24/10/2020 Unisinos São Leopoldo e Porto Alegre Inscrição: 5060677 - apresentação oral PANDEMIA DO COVID19 E CRISE AMBIENTAL: QUESTÕES CRÍTICAS Autor(a): Igor Steffens Coautor(es): Orientador(es): José Roque Junges Instituição: Unisinos (PRATIC - Unisinos) Área de conhecimento: Ciências da Saúde PPG em Saúde Coletiva O artigo discute as questões críticas que emergem da catástrofe pro- vocada pela pandemia do covid19. Trata-se de uma crise, ao mes- mo tempo sanitária, ambiental e econômica, questionando os fun- damentos que regem a sociabilidade. O esvaziamento dos serviços coletivos públicos em favor do setor privado, principalmente, em re- lação ao sistema de saúde e a visão econômica da natureza, reduzi- da a estoque de recursos, estão na origem da falta de uma resposta adequada ao problema. Além disso, a criação de animais confinados e multitudinário propicia a proliferação de agentes nocivos à saú- de, especialmente vírus causadores de problemas respiratórios. Es- sas constatações apontam para a necessidade da reconstituição do comum, como cimento da sociedade, e da compreensão ecocentrada da natureza, em oposição a atual visão antropocêntrica, como servi- ços ecossistêmicos para as condições ambientais para a reprodução da vida. Essa tomada de posição significa pensar outro modelo de economia que parte de que a natureza é um limite aos processos pro- dutivos, impondo-se, como consequência, levar em consideração, nos cálculos, a entropia e os danos provocados por esses processos. Argumenta-se ainda, a urgência da conservação da biodiversidade para manutenção da vida, no sentido de ser essencial para dificul- tar a propagação de doenças virais bem como uma melhor recupe- ração da saúde. Essa biodiversidade deve ser estendida à cultura, en- tendendo que devem ser respeitadas todas as formas de expressão da vida. A necessária metamorfose do nosso tempo exige, na verdade, uma mutação antropológica radical na concepção vigente do homo oeconomicus e a emergência do homo communis . Ou seja, a concep- ção humana pautada no consumismo e mercado deve ser repensada

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