XXVII Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica

257 XXVII MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 19/10/2020 a 24/10/2020 Unisinos São Leopoldo e Porto Alegre Inscrição: 5317190 - apresentação oral RELAÇÕES SOCIOPROFISSIONAIS DE AGENTES SOCIEDUCADORES: PRODUÇÃO DE ADOECIMENTO OU DE SAÚDE? Autor(a): Marcella Mai Cervera Sei Coautor(es): Orientador(es): Instituição: Unisinos (PRATIC - Unisinos) Área de conhecimento: Ciências da Saúde PPG em Psicologia A partir da teoria da Psicodinâmica do Trabalho, de Dejours, enten- de-se que a análise das relações de trabalho, com chefias imediatas, com superiores ou com membros das equipes, pode ajudar a com- preender a organização do trabalho, os geradores de prazer e sofri- mento e a busca por um equilíbrio psicodinâmico. O presente estu- do tem como objetivo analisar as relações socioprofissionais entre pares dos trabalhadores da Fundação de Atendimento Socioeduca- tivo (FASE/RS) e investigar como elas impactam a saúde mental dos agentes socioeducadores (ASE). Este resumo é um recorte de uma pesquisa maior, intitulada Riscos Psicossociais no Trabalho e Saú- de em Trabalhadores da Fundação de Atendimento Socioeducati- vo. Trata-se de um estudo de metodologia qualitativa, no qual foram tratadas, por meio da análise de conteúdo, 13 entrevistas semiestru- turadas realizadas com ASE. Como fatores geradores de prazer as- sociados às relações socioprofissionais, alguns agentes relataram ter relações satisfatórias com colegas, destacando laços de confiança no ambiente de trabalho, geralmente dentro da própria equipe, favore- cendo trocas e aprendizagens. Os aspectos trazidos como geradores de sofrimento nas relações socioprofissionais foram: a dificuldade de comunicação ( não abertura de um ambiente acolhedor para falar, sugerir e se posicionar), o sentimento de desamparo, as intrigas, o preconceito e o assédio contra mulheres e contra trabalhadores re- cém contratados, a dificuldade de troca entre equipes, a não valori- zação do trabalho entre colegas, a falta de coesão entre o coletivo de trabalhadores, entre outros. Um fator que também pode estar asso- ciado a essas dificuldades relatadas é o número reduzido de traba-

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