O espelho quebrado da branquidade: aspectos de um debate intelectual, acadêmico e militante

80 O espelho quebrado da branquidade sentada pelo pensador Paulo Freire, que, ao longo de sua existência, acreditou nas possíveis saídas de libertação do sujeito na sociedade sob criatividade do método dialógico. As leituras sobre as propostas metodológicas de Paulo Freire sempre nos seduziram e suscitaram profunda importância do valor do método dialógico e libertador. São leituras enriquecedoras que proporcionam inúmeras reflexões teóricas, científicas e epistemológicas, sobretudo quando se trata de um modo de diálogo que vem fortalecer a evolução e tendência transdisciplinares das quais está transversalmente imbricada no nosso problema de tese. Em sua obra com o títuloMedo e Ousadia (1986), o autor levanta várias indagações sobre a situação do ensino educacional. Conforme escreve, “O que é ensino libertador? Quais os temores, os riscos e as recompensas da transformação?” (FREIRE, 1986, p. 11). As obras, Pedagogia da Esperança, e a Pedagogia do oprimido, entre outras, também são escritos de Paulo Freire que, a nosso ver, nestes tempos em que se discutem a razão do que “é” e a razão do que poderia ter “sido”, pode auxiliar nos debates voltados para as práticas pedagógicas opressoras. Um debate que em torno das ciências históricas e filosóficas sociais/educacionais, étnicas/raciais e psíquicas/sociais, nos desafiam a aprofundar e reconhecer algumas pontuações teóricas de importante relevância. Neste sentido Gomes afirma que: Dessa maneira, uma proposta educacional que inclua a educação da população negra como uma tarefa política e pedagógica deve compreender o que significa o processo de construção da identidade racial para os sujeitos negros. (GOMES apud Cavalleiro, 2000, p. 92) A autora apresenta importantes reflexões no sentido de avaliar as políticas pedagógicas de inclusão que possam considerar o processo de construção de identidade do sujeito negro.

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