66 O espelho quebrado da branquidade e interpretativas até as técnicas e as teorias da explicação e da metodologia de pesquisa. (CAMACHO, 2002, p 57)19 2.1.2 “O negro no mundo dos brancos” O aspecto que mais nos mobilizou e mobiliza neste autor é a sua dedicação aos trabalhos com a diversidade étnico-racial, sobretudo, com a relação entre negros e brancos, que foi um trilho significativo na sua trajetória intelectual e militante. Uma interrogação repetida por Florestan Fernandes tornou-se para nós salutar ponto de partida em nossos estudos e investigações, dentro de um contexto diferente, mas para o qual o seu espelho de intelectual militante, é ajuda fundamental. Para Fernandes (1972, p. 14), “Qual seria a chance dos povos indígenas e africanos de compartilhar as experiências históricas dos colonizadores e seus descendentes?” Na mesma obra, o autor explicita, em parte, esta questão com os seguintes termos: As evidências são conclusivas e indicam que ainda temos um bom caminho a andar para que a população de cor, sob hipótese de crescimento econômico contínuo e de persistência da livre competição inter-racial, alcance resultados equivalentes aos dos brancos pobres que se beneficiam do desenvolvimento do País sob o regime do trabalho livre. (FERNANDES, 1972, p. 28) 19 Disponível em: <www.ieg.ufsc.br/acervo.html>. ANPOCS/EDUSC, 2002. 374 p. ARAÚJO, Maria José de Oliveira (e mais autoras) CAMACHO, Thimoteo. Mulher, Trabalho e Poder. O machismo nas relações de gênero da UFES. Florestan Fernandes e as ciências sociais no Brasil Revista Florestan. Revista Brasileira de Ciências Sociais , São Paulo [ANPOCS], ano 11, n. 30, p. 11 - 15, fev, 1996. CAMACHO, Thimoteo. <www.fclar. unesp.br/soc/revista/artigos_pdf_res/08/03-camacho.pdf>.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz