O espelho quebrado da branquidade: aspectos de um debate intelectual, acadêmico e militante

46 O espelho quebrado da branquidade etnias sociais e quase nunca apresentarem o olhar científico das internalizações da branquidade e suas patologias? Buscamos atentamente, através do estudo dos autores, leituras históricas que pudessem nos orientar nesta dinâmica teórica e complexa sobre a branquitude e as implicações étnicas raciais tecidas sob o modelo padrão da sociedade. Para Silva (2003, p. 40), Torna-se difícil entender porque a população brasileira lança mão de diversos recursos semânticos para se autoclassificar, inventando dezenas de “cor, ou es” intermediárias, que a um só tempo às aproximem do modelo branco valorizado e as distanciem do modelo negro menosprezado. Neste universo, quase pouco ou nada se fala das classificações inferiores ou de manifestações que, a nosso ver, continua domesticando intelectuais brancos e negros no sentido de fortalecer os métodos de um universo semântico pejorativizado. Certamente foi o aprendizado instruído já desde a infância no intuito de que o sujeito afrodescendente seja educado para aceitar neste universo social e racial imposições identitária e cultural. Os argumentos de justificações daqueles que são os executores deste universo – social e racial –, ainda parecem centrados nos modelos de matriz puramente branca, ou no modelo da branquidade, o que nos levou a uma atenção especial a esta questão. Talvez seja uma educação proposta já desde a sua infância e por isso pode até sentir, mas o poder da cordialidade do branco pode ser mais forte. Desta forma, assegura Silva que: A compreensão das “brincadeiras” e piadas racistas e discriminatórias contra pessoas negras como expressões do racismo no Brasil são um exemplo dessa dificuldade. Essas atitudes se revestem de uma aparência trivial

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