Adevanir Aparecida Pinheiro 15 ... Apresentação José Odelso Schneider1 É com alegria e satisfação que apresento o livro “O espelho quebrado da branquidade: aspectos de um debate intelectual, acadêmico e militante” da doutora e professora universitária Adevanir Aparecida Pinheiro. Havendo-a conhecido mais de perto, como orientador ao longo da elaboração da tese de doutorado, sei da sua determinação e incontida busca por crescente aperfeiçoamento, que prossegue após a conquista do doutorado. Ao longo de suas vivências no norte do Paraná, no Vale do Itajaí de Santa Catarina e no Vale do Rio dos Sinos, ela viveu e sofreu, às vezes com amargura, as relações conflituosas entre a negritude e a branquitude. Por isso, no seu projeto de tese não se preocupava apenas em atender à demanda da academia, mas sim, transformar o tema apresentado à academia como conteúdo a ser ventilado de forma constante no debate intelectual e militante no cotidiano da vida dos brasileiros. Por isso no livro a sair, enfatiza-se aspectos importantes de uma temática complexa, revisitando teorias sócio-raciais, fazendo referência ao silêncio em abordagens da temática da cultura afro-brasileira e africana ou às reproduções destes temas feitas nas academias. Uma preocupação fundamental na obra é chamar atenção para o hibridismo cultural existente nas relações entre negritude e branquitude, em que as academias são desafiadas a abrir-se e avançar no tema da diversidade cultural, buscando subsídios em prol de um convívio equilibrado e construtivo entre as diversas etnias e raças. Cabe, pois às universidades uma tarefa relevante no sentido para superar, sem atritos e curto circuitos a forte presença da ideologia dominante e hegemonicamente bran1 Doutor em Ciências Sociais, Professor do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais PPGCS e do Curso de Especialização em Cooperativismo - CESCOOP, da UNISINOS.
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