O espelho quebrado da branquidade: aspectos de um debate intelectual, acadêmico e militante

134 O espelho quebrado da branquidade principalmente da consciência dos educadores, quase que modo geral. Conforme Bonin49: A transdisciplinaridade é uma destas fontes luminosas que propulsará o educador para disciplinas coirmãs do conhecimento, permeando-as e indo além destas, trabalhando e buscando a complementaridade, transpondo, desta forma, todas as barreiras do conhecimento fragmentado. (BONIN, 2005, p. 28) Mesmo diante de autores que apostam numa valiosa intenção e contribuição da lógica da transdisciplinaridade, entendemos que esta temática ou conceito não nos parece tão difundido no mundo acadêmico. Como toda mudança exige abertura e criatividade, sentimos a necessidade de haver uma difusão da cultura da transdisciplinaridade em todas as áreas de conhecimentos. Diante desta reflexão dialógica, podemos perguntar: será que a cultura da transdisciplinaridade já está sendo discutida abertamente no campo das ciências? As representações diante disso demonstram não estarem centradas apenas nas estruturas sociais e raciais, mas parecem envolver aspectos como a consciência pessoal dos educadores. Avaliando o contexto em que vivemos e as diversas situações postas no âmbito da educação, são diversas as inquietações que nos levam a um questionamento de que, além da formação e qualificação no âmbito profissional, há necessidade de uma formação voltada ao contexto histórico das culturas e ao modo de agir dos profissionais da época. Também se percebe a necessidade de avaliar como está sendo este modo de agir diante das exigências das leis, assim como da consciência dos sujeitos - educadores e educandos. Como já foi abordado no capítulo anterior, com referência a Paulo Freire, entendemos que é uma questão que ainda ne49 BONIN, Jussara de Paula Xavier. Serviço Social sob a perspectiva da complexidade. Curitiba: JM Livraria Jurídica, 2005.

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