O espelho quebrado da branquidade: aspectos de um debate intelectual, acadêmico e militante

124 O espelho quebrado da branquidade Um dos aspectos mais importantes do novo corpo de trabalhos sobre a branquitude é o terreno que ele prepara para novos tipos de diálogos, não só dentro das fronteiras nacionais, mas também através delas. Os Estados Unidos têm sido de especial importância no desenvolvimento dessas conversações, em parte pela proliferação do interesse no que se vêm chamando de “estudos críticos da branquitude”, a partir do início da década de 1990. (WARE, 2004, p. 11) A autora chama a atenção para supostos conhecimentos, por meio de estudos e diálogos que possam contribuir com a temática proposta sobre a branquitude. Diante disso, acreditamos que, tanto no século passado quanto no contexto atual, a problemática da relação racial demonstra não ser mais um problema centrado unicamente nos estudos sobre a população afrodescendente, mas um problema dialético que igualmente foi internalizado pelos descendentes europeus. O pensamento do autor se relaciona com certas temáticas. Por exemplo, o dilema da discriminação velada para os afrodescendentes; as inseguranças de gênero enfrentadas pelas mulheres; a restrição a sujeitos que representam a minoria excluída; profissionais das áreas de conhecimento desprovidos dos recursos que englobam as novas tecnologias de conhecimento científico e aqueles que são excluídos por não apresentarem os sinais-padrão da sociedade. Por fim, acrescentamos aqui uma temática provocadora a ser aprofundada e que sempre foi ocultada, mas que aponta para a necessidade de ser pesquisada, objetivando desvendar o poder simbólico “implícito” no sujeito incorporado pela “brancura” social. Alguns autores(as) já vêm se preocupando com esses estudos, buscando apresentar importantes fundamentações teóricas e esclarecimentos relevantes que possam servir de contribuição, por sua vez, ligados a demais pesquisas que tende a envolver este

RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz