O espelho quebrado da branquidade: aspectos de um debate intelectual, acadêmico e militante

Adevanir Aparecida Pinheiro 115 tudo, os desafios em torno do silêncio e ignorância que seguem impedindo o verdadeiro sentido de inclusão e até mesmo ofuscando seu próprio conhecimento cognitivo. Segundo Gonçalves e Silva: O movimento Negro passou, assim, praticamente a década de 80 inteira, envolvido com as questões da democratização do ensino. Podemos dividir a década em duas fases; Na primeira, as organizações se mobilizaram para denunciar o racismo e a ideologia escolar dominante. Vários foram os alvos de ataques: livro didático, técnicas usadas, currículos, formação dos professores entre outros. Na segunda fase, as entidades vão substituindo aos poucos a denúncia pela ação concreta. (GONÇALVES e SILVA, 2000, p. 155) Ao retomar os levantamentos bibliográficos e as leituras focadas nas etnias, sentimos falta deste conhecimento sobre o conceito de branquidade e ou branquitude e como se comportam as internalizações históricas e psíquicas nesta relação com as demais etnias e aqui mais especificamente com a etnia afrodescendente, a saber, que no cotidiano essa etnia se faz presente de maneira muito silenciosa ou quase implícita. Neste sentido, passamos a perceber que os problemas de inclusão ou exclusão, visibilidade ou invisibilidade não envolvem apenas um problema do negro para o negro em si mesmo, mas numa relação identitária com o diferente. Embora seja uma relação carregada de múltiplas situações de entroncamentos racializados e psíquicos, isso, do nosso ponto de vista, não poderá ser analisado de forma unilateral ou unitária, ou seja, de uma relação por ela mesma. Encontramos nos nossos levantamentos bibliográficos alguns contextos históricos publicados na internet. Este artigo41 41 Este artigo é fruto de um trabalho elaborado para o curso “A

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