Retratos da pandemia: conexões - desconexões & reconexões
96 Laísa Massena de Castro, Michele Rech, Sueli Venkre Tomás e Zuleika Köhler Gonzales para manutenção da perspectiva da vida em comunidade, é necessário sempre dialogar com as lideranças indígenas da comunidade. Para concluir, entendemos que o encontro com o povo kaingang passa também por valorizar, adquirir e divulgar a belíssima arte indígena. Pensamos que deste modo você contribui com a manutenção da cultura e da vida ameríndia. A venda do artesanato movimenta a geração de renda e consequentemente, a autonomia das famílias indígenas. Dessa forma, é possível o acesso a direitos básicos, muitas vezes negligenciados, como a soberania e a segurança alimentar e nutricional (SAN) destes povos. “Então, eu não tenho mesmo palavras, nem para agradecer o que o pessoal fez pela comunidade aqui, da Por Fi Ga. Então, essa foi a nossa pior dificuldade que a gente enfrentou aqui, foi essa né, porque a venda do artesanato, ela é a base de tudo, ou de quase tudo. porque se tu não vender o artesanato, não sair pra comercializar ou trabalhar que é a única forma de ganhar o dinheiro para trazer o sustento para dentro de casa, então foi assim, desesperador assim, no começo. mas graças a Deus, graças a Tupe, deu tudo certo e graças a vocês também que sempre preocupadas, sempre mandando mensagens... isso não tem como agradecer né e eu me sinto na dívida muito grande com vocês gurias e, espero poder contribuir para poder pelo menos pagar um pouquinho do que vocês fizeram por nós, tá. Muito obrigada mesmo, de coração! Fico muito feliz, muito preocupada pelo que ainda tá acontecendo né e muito feliz que a gente tem vocês. Muito obrigada e grande abraço!” (Sueli) Referências ARKONADA, K. Descolonização e Viver Bem são intrinsecamente conectados. Revista IHU Online , ed. 340, 23 de agosto de 2010
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