Retratos da pandemia: conexões - desconexões & reconexões
A pandemia, as medidas insanitárias e os desafios por um processo civilizatório da melhor humanidade possível 165 A pandemia, as medidas insanitárias e os desafios por um processo civilizatório da melhor humanidade possível Entrevista com Emerson Merhy (...) paradigmas que estão esgotados e que hoje pedem para a gente encarar de frente o que o não-saber tem a nos dizer perante ao que nós achávamos que sabíamos muito. Que tipo de efeitos isso pode ter para uma aposta civilizatória distinta dessa aposta civilizatória do grupo libertário de extrema-direita? Então isso é uma pauta que está ainda para ser construída, nós estamos atrás nesta disputa política.” Em 2011, o PAAS (Programa de Atenção Ampliada à Saúde) comemorava seus quinze anos se colocando em movimento. Naquele momento histórico em um serviço escola interdisciplinar, estava nítido que a formação em saúde precisava ser pensada e afirmada na relação com as políticas públicas de saúde, no diálogo com o Sistema Único de Saúde e na direção da ampliação das suas práticas de cuidado. Não somente neste momento, mas especialmente, dentre outras pessoas que estavam presentes através da sua produção científica, de proposições para um novo modo de cuidar e através do compromisso com um cuidado implicado com os territórios da vida, além de sua trajetória como pesquisador e profissional, estava Emerson Merhy. Agora, quase uma década depois, emmeio a uma Pandemia nunca antes vivida, é uma grande satisfação poder encontrar com Emerson Merhy. É um alento perceber que suas ideias e ideais continuam tão presentes e potentes quanto a tempos atrás, acompanhando e transformando-se com a sociedade, mas sempre comprometidas em construir uma experiência de cuidado e uma vida com saúde para toda população.
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