Retratos da pandemia: conexões - desconexões & reconexões

12 Rosana Cecchini de Castro, Nelson Eduardo Estamado Rivero, Letícia Ferraz Neis, Thaís Piacentini e Marcela Nunes Penna Várias indagações se colocavam. Desconfiados da totalidade de um mundo on-line, perguntamos: que corpos cortados são esses, transformados em “imagens-faces” e discurso? Que tempo é esse que nos retira as bordas, os “tempos perdidos” e nos faz sempre ativos produtores de trabalho e visibilidade? Para onde foram os corredores, as ante salas, os espaços entre as horas que permitiam os vazios cheios de vida da cozinha? Mais ainda, como seguir como cuidado aos participantes do Programa? O que seria possível ou adequado nessa realidade? Primeiros movimentos no escuro. Nosso primeiro movimento foi utilizar as redes sociais. Comunicados, cartilhas, avisos, atenção aos cuidados em saúde e à Covid-19. O contato mais direto com os pacientes, através de ligações telefônicas, surgiu da preocupação dos estagiários com algumas pessoas, cujas condições de saúde e de vida, ou mesmo a gravidade do sofrimento requeria maior atenção. Estes movimentos falam de certa sintonia entre os desejos ou necessidades dos encontros, pois, simultaneamente aos nossos contatos passamos a ser acionados. Os usuários contatavam através das redes, telefone eWhatsappdoPAAS. Pediamespaço, conversa, ajuda, socorro. O comprometimento ético impunha nossa presença junto aos participantes. Precisávamos seguir com o cuidado. Nós, como profissionais da saúde, e os estagiários, como profissionais em formação, tínhamos que reinventar nossa presença, trabalhar em saúde e, nesse contexto, nos foi exigido aprender fazendo. Ainda não tínhamos formação suficiente para atendimentos on-line, mas os meios remotos eramos mecanismos comos quais podíamos contar. Não nos faltavam perguntas. Em que consistiria o trabalho? Como seria feito? Que condições seriam necessárias? O que passaríamos a fazer seria o mesmo de antes? A diferença seriam os meios ou haveria outras diferenças? Como estar próximos, apesar da distância? E para todas as perguntas, uma única resposta, o trabalho de cuidado em saúde devia seguir. Emconsonância, a atenção à formaçãodos estudantes. Seguimos as orientações da UAGRAD (Unidade Acadêmica de Graduação) que, alicerçada nas tomadas de decisão da Universidade, guiava os Cursos, sempre levando em conta as diretrizes do MEC (Ministério da Educação) e do CNE (Conselho Nacional de Educação). Além

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