Retratos da pandemia: conexões - desconexões & reconexões

Alguém me passa o link? O PAAS agora é on-line 11 março. Momentos estranhos de movimentos que eram feitos sem muito controle ou segurança. Foi um processo difícil e caótico, que esbarrou em inúmeras limitações, mas que, a partir da disponibilidade de reinventar o trabalho e o investimento surpreendente nas ações coletivas, foi, aos poucos, avançando para o que se passou a chamar de presença remota e que permitiu que as atividades acadêmicas voltassem a acontecer. Não significa que a instituição e a comunidade acadêmica haviam vencido o impacto da Pandemia e suas medidas sanitárias rapidamente. Este é um momento que pode ser descrito como um andar no escuro com uma lanterna na mão. O foco da luz nos permitiu ver uma das coisas que o isolamento provocou, muitas outras permaneciam no escuro. Os estágios acadêmicos, por exemplo, foram suspensos e assim se mantiveram por bastante tempo. Construir visibilidades sobre os estágios para que se pudesse dar um passo ainda era um desafio. No PAAS, diminuído o susto inicial, mas ainda na condição de suspensão, retomamos os encontros entre os integrantes do serviço. O CCIAS (Centro de Cidadania e Ação Social) não nos acolheria presencialmente, mas, mesmo em isolamento social, era preciso estar próximos e o on-line se mostrou a alternativa. Uma nova forma de presença nos era imposta e produzia reflexões sobre sua capacidade de produzir encontros. Num primeiro momento nos encontramos entre professores, técnicos e administrativos. Necessário tempo de compartilhamento. Entre os compromissos profissionais a urgência de sentir-se junto nas experiências que o isolamento produziu. Na troca sobre como acolhíamos a Pandemia e seus efeitos, a busca por compreendê-la enquanto realidade humana e merecedora de cuidados em saúde. Em seguida, chamamos as estagiárias e estagiários. Era preciso saber deles, como estariam vivenciando toda nova situação, inclui-los neste exercício de entender o mundo e convocá-los a pensar juntos. A distância, o isolamento e a interrupção no cuidado aos integrantes do programa pediam alternativas. Foi somente então, com a passagem do tempo necessário, que nos demos conta de algo já presente entre nós, mas à sombra da intensidade que vivemos: era preciso reinventar o PAAS. Iniciamos nosso trabalho. Nos encontros on-line, onde nossos rostos emoldurados, dispostos em pequenos quadrados no computador ou celular, garantidos pela plataforma virtual, expressavam estranheza, surpresa, inquietude, insegurança e, tinham talvez uma única certeza, a de que precisávamos seguir em frente. Aquela era agora a nossa realidade!

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