Saúde e cuidado no serviço escola: adolescência presente!
Allana Gessiele Mello da Silva, Cristina Lima da Rocha Cannas e Lígia Hecker Ferreira 21 mentos das condições de vida da população, se fará cada vez mais necessária a construção de estratégias coletivas de intervenções. Essas estratégias partem do entendimento de que é preciso viabilizar espaços de encontro e discussão que coloquem diferentes atores diante do desafio de conhecerem os limites e potencialidades de seus territórios de atuação para pensarem, conjunta e efe- tivamente como rede, nas necessidades efetivas da população, para as quais devem se destinar os esforços de trabalho. Neste contexto, a articulação da universidade com os serviços da rede e seus trabalhadores pode constituir-se como um importante alicerce de sus- tentação para a qualificação dos serviços ofertados, bem como de transfor- mação social e de desenvolvimento de ações que considerem e compreendam a complexidade e a diversidade da realidade social. Também entendemos a importância desta parceria universidade-rede na medida que oportuniza que a universidade qualifique e aproxime suas ações da realidade das comunida- des, ao mesmo tempo em que possibilita que os trabalhadores e instituições qualifiquem suas ações através deste diálogo profícuo e potente que pode estabelecer-se entre estes atores. Sabemos, entretanto, que para que tais ideias se concretizem faz-se necessário disposição política e subjetiva dos(as) professores(as), estudantes e profissionais envolvidos(as). Construir aproximações exige disponibilida- de para estar com o outro, para aprender a lidar com as alteridades, com as precariedades e vulnerabilidades dos usuários e trabalhadores em questão. Implica numa abertura para construir com o outro um campo comum, nas diferenças que nos constituem. Aprendizado desafiador em tempos de dico- tomias e pouca abertura para o diálogo.
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