Redes: construções coletivas com um serviço escola

Rosana Cecchini de Castro, Luise Peter e Nelson Eduardo E. Rivero 89 tor, para que expressem qualidade e relevância social condizentes com os valores de implementação da reforma sanitária brasileira (CECCIM; FEUERWERKER, 2004). No Estado do Rio Grande do Sul, a CIB 590/2013 institui no âmbito do Estado a Rede de Educação em Saúde Coletiva. A gestão dessa rede incluirá os seguintes dispositivos de referência estadual: Co- legiado Estadual e Escola de Apoiadores. No âmbito regional, a gestão da Rede de Educação em Saúde Coletiva incluirá os seguintes disposi- tivos de referência regional: Núcleos Regionais de Educação em Saú- de Coletiva e Núcleo Interfederativo de Facilitadores de Educação em Saúde Coletiva. Em âmbito municipal, a gestão da Rede de Educação em Saúde Coletiva será realizada pelos Núcleos Municipais de Educa - ção em Saúde Coletiva (Numesc). Em São Leopoldo, o Núcleo Municipal de Educação em Saúde Coletiva foi criado em 2014. Ele é composto por secretaria executiva e grupo condutor. A secretaria executiva constitui-se como coordenação e execução das ações com dedicação exclusiva e o grupo condutor por representantes de diversas áreas da Secretaria Municipal de Saúde, do controle social, dos estudantes e das instituições de ensino. Esses devem articular as ações de educação permanente em saúde no âmbito de suas representações. É dessa forma que essa política é planejada e implemen - tada no âmbito do município, incluindo a integração ensino serviço. ENSINO EM SERVIÇO – A EXPERIÊNCIA EM SÃO LEOPOLDO A experiência de São Leopoldo se dá com a inserção de oito instituições de ensino com cursos técnicos, graduação, residências, mestrados e doutorados. São mais de quatrocentos alunos em processo de formação, construindo seus aprendizados nessa rede de saúde, in - teragindo com a mesma por meio dos usuários e trabalhadores. Nesse processo o ensino não está no aluno e no professor exclusivamente, como o serviço não está nos trabalhadores e usuários. São processos contínuos de construção de conhecimento no qual todos os partici- pantes estão em constante aprendizagem a partir das suas experiências e conhecimentos prévios, sejam eles usuários, trabalhadores, alunos ou professores. Isso é trabalho vivo em ato, mas também é aprendizado vivo em ato.

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