Redes: construções coletivas com um serviço escola
Ensino em serviço - um cotidiano de encontros 88 capacidade de impacto no ensino, na gestão setorial, nas práticas de atenção e no controle social em saúde. A educação permanente parte da prerrogativa da aprendizagem significativa (que promove e produz sentidos) e propõe que a transformação das práticas profissionais deva estar baseada na reflexão crítica sobre as práticas reais de profissionais reais em ação na rede de serviços A coerência da educação permanen- te é descentralizadora, ascendente e transdisciplinar. Essa metodologia pode oportunizar: a democratização institucional; o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, da capacidade de docência e de lidar de forma criativa com as situações de saúde; de trabalhar em equipes matriciais e de melhorar constantemente a qualidade do cuidado à saú- de, bem como elaborar práticas técnicas críticas, éticas e humanísticas (CECCIM; FEUERWERKER, 2004). A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) reafirma que as necessidades de formação e desenvolvi - mento para o trabalho em saúde e a capacidade já instalada de oferta institucional de ações formais de educação na saúde devem ser con- sideradas na formação de recursos humanos para a saúde. Ainda de acordo com a PNEPS, as Comissões Permanentes de Integração Ensi- no-Serviço (CIES) são compostas pelos gestores de saúde municipais, estaduais e do Distrito Federal e, ainda conforme as especificidades de cada região, por: gestores estaduais e municipais de educação e/ou de seus representantes; trabalhadores do SUS e/ou de suas entidades representativas; instituições de ensino com cursos na área da saúde, por meio de seus distintos segmentos; e movimentos sociais ligados à gestão das políticas públicas de saúde e do controle social no SUS. Essas comissões refletem a integração ensino-serviço no âmbito da gestão dos processos de forma colegiada, participando da formulação, condução e desenvolvimento da Política de Educação Permanente em Saúde (BRASIL, 2007). Analisar sob a perspectiva que coloca em lugar central as responsabilidades institucionais com a qualidade dos serviços sob controle social permite propor que as instituições formadoras não possam existir independentemente de regulação pública e da direção política do SUS. Esse sistema está constitucionalmente comprometido com o ordenamento da formação e submetido ao controle social. As instituições formadoras devem prover os meios adequados à formação de profissionais necessários ao desenvolvimento do SUS e a seu melhor funcionamento, sensíveis o suficiente ao controle da sociedade no se -
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