Redes: construções coletivas com um serviço escola
Rosana Cecchini de Castro, Luise Peter e Nelson Eduardo E. Rivero 87 nhecimentos com suas vivências em serviço e com a realidade que se dá em cada situação cotidiana, considerando a realidade dos usuários em questão com sua cultura, conhecimentos, contexto social e necessidades. Assim se dá o deslocamento da transmissão de conhecimento para a pro- dução de conhecimento singular com uma formação apoiada na política das relações, ou seja, na ética do encontro. INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL AOS NÚCLEOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA Conforme o que dispõe a Constituição Federal, compete ao Sistema Único de Saúde ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde (BRASIL, Constituição 1988). O significado dessa se - paração é de que o sistema de saúde interfere diretamente de acordo com as necessidades demandadas. Isso nada mais é do que o princípio da integração ensino-serviço, pois se o sistema demanda a respeito da formação, a academia deverá se integrar à realidade dos serviços para que isso seja possível. A produção de conhecimento ocorre nos dois sentidos: a academia necessita da prática nos serviços para a formação dos profissionais da saúde e os serviços de saúde necessitam dos co - nhecimentos acadêmicos para a educação permanente em saúde con- tribuindo para a qualificação dos serviços. Este ensaio pretende situar a formação dos profissionais de saúde como um projeto educativo que extrapola a educação para o domínio técnico-científico da profissão e se estende pelos aspectos estruturantes de relações e de práticas em todos os componentes de interesse ou relevância social que contribuam à elevação da qualidade de saúde da população, tanto no enfrentamento dos aspectos epidemiológicos do processo saúde-doença, quanto nos aspectos de organização da gestão setorial e estruturação do cuidado à saúde (CEC- CIM; FEUERWERKER, 2004, p. 42). De acordo com os autores, a formação dos profissionais de saúde deve estar articulada com as necessidades de saúde vivenciada nos serviços. Essa prática experimental é a formulação de uma po- lítica pública apresentada pelo Ministério da Saúde para a educação dos profissionais, sustentada nos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e proposta para implementar processos com
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