Redes: construções coletivas com um serviço escola

Maria Luíza Flores Cruz Aldana, Paola Gomes Acosta, Letícia Fagundes Machado, Michele Scheffel Schneider, Rosana Cecchini de Castro, Paloma Teodoro do Rêgo, Thatielli Feiffer e Aline Scheibel 45 Pensamos nessa sistemática de trabalho para os casos de maior risco. Mas, então, o que qualificaria risco? Estabelecemos como critérios de risco: falta de suporte e conhecimento da rede, ameaças graves por parte do agressor e vulnerabilidade social. Essa discussão sobre o risco dos atendimentos nos levou para uma problematização ainda maior: qual o limite do trabalho do PAAS nessa ação, nesse trabalho em rede? Fomos sentindo a necessidade de uma aproximação cada vez maior com o Centro Jacobina, serviço pú - blico especializado que atende mulheres em situação de violência, no município de São Leopoldo. Mesmo assim, com tantas situações sinalizadas como de maior risco, ainda nos colocamos a pensar: qual a viabilidade para realizarmos um segundo momento de escuta? Entendemos que essa discussão não poderia ficar somente com a equipe PAAS e, cada vez mais, pareceu - -nos de grande importância nos situarmos mais próximos à rede espe- cializada neste tipo de violência do município, para que um trabalho de encaminhamento aos serviços competentes fosse realizado com uma maior articulação e, quando necessário, uma reflexão conjunta. Em um primeiro momento, nos acolhimentos no Fórum, já apresentávamos o Centro Jacobina como um recurso possível de atendi- mento especializado nesta situação de violência e, por vezes, já agendáva - mos alguns atendimentos nesse local. No entanto, tínhamos a intenção de aprofundarmos ainda mais essa parceria (PAAS – Vara da Violência Doméstica – Centro Jacobina), em um efetivo trabalho conjunto, fato que ocorreu ao longo da prática e será apresentado mais adiante. Ainda nos acolhimentos era informado sobre a Patrulha Maria da Penha, serviço de ronda e de chamados para a Brigada Militar; era apresentado o PAAS, suas ofertas de atendimento e formato de inscri- ção e outros serviços, tais como o CAPS Infantil – muito por questio- namento das mães que buscavam ajuda para seus filhos. Além disso, era conversado sobre a possibilidade de procurarem serviços específicos da assistência social, acionar o Conselho Tutelar em casos relacionados a crianças e adolescentes e ingressar com solicitações na Defensoria Pública, para casos de separação, ação de alimentos e divisão dos bens. Aqui vale considerar também a participação de toda essa equipe de trabalho nas reuniões da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, que ocorrem mensalmente no município de São Leopoldo. É

RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz