Redes: construções coletivas com um serviço escola

Andorinhas sozinhas não fazem verão: a experiência interdisciplinar e o cuidado integral no território 16 Contávamos, enquanto prática discente e do PAAS, com o auxílio de dois médicos que atuam pelo Programa Mais Médicos. Estes encontra- vam-se disponíveis semanalmente para acompanhar as estagiárias durante as visitas domiciliares. Tratava-se de um momento de extrema importân- cia para o acompanhamento dos sujeitos, mas também para a integração e trocas sobre as famílias atendidas sob diferentes perspectivas, que con- vergiam a fim de um acompanhamento mais inteiro da família. COMO SE VAI A CAMPO: INSERÇÃO NA COMUNIDADE PADRE ORESTES O presente estudo fora construído a partir de uma prática que envolve discentes do curso de Fisioterapia, Enfermagem e Nutrição da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, em conjunto com o trabalho realizado por estagiárias do Projeto de Atenção Amplia - da à Saúde – PAAS/ UNISINOS e com a equipe da UBS Padre Orestes. O trabalho que envolveu as autoras deste texto se deu a partir do acom- panhamento semanal de uma família da comunidade e a elaboração do Plano Terapêutico Singular para a mesma, mas não se circunscreveu a ele. Aqui, pretendemos voltar um olhar mais atento para as relações que se estabeleceram com a comunidade e entre as profissionais que atuavam. Ainda em relação ao PTS, há que se frisar o modo como fora construído, uma vez que só fora possível pensar a integralidade dos sujeitos a partir da elaboração dinâmica e ativa durante todo o período de intervenção. Trata-se de um instrumento utilizado afim de propor - cionar a autonomia do sujeito/família e traçar os objetivos no cuidado dos mesmos (CARVALHO et al, 2012). Durante o tempo de atuação no território, procurou-se compreender as questões biopsicossociais deste grupo familiar, buscando – sobretudo – estabelecer um vínculo com a família para, posteriormente, proporcionar um atendimento adequado e que envolvesse os próprios sujeitos como ativos neste processo. Tratou-se, sobretudo, de uma experiência que se construiu a partir de uma rede de cuidado. Aqui entendemos que o trabalho em rede exige dos trabalhadores, mas também dos usuários, novas estraté- gias. O que significa isso, enfim? Significa falarmos de uma rede que não atue por vias de processos e encaminhamentos burocráticos, tampouco como uma rede de tutela, mas sim em uma lógica de corresponsabilida-

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