Redes: construções coletivas com um serviço escola

Giovana Simões Pires de Oliveira e Mariana Cunha Schneider 15 levando em consideração o estilo de vida, fatores sociais, isto além dos fatores biológicos, para assim formar o conceito de saúde (FERTO- NANI et al, 2015). O SUS apresenta a divisão de seus cuidados como: Atenção Primária (AP), Atenção Secundária e Atenção Terciária, sendo a aten- ção primária a porta de entrada do sujeito para obter os cuidados necessários. Uma das estratégias na Atenção Básica de Saúde, que superou este modelo biomédico de tratar o sujeito, foi a criação da Estratégia Saúde da Família (ESF), que contemplou a colocação em prática dos princípios de saúde do SUS, além de conseguir realizar a promoção da saúde do indivíduo, tendo acesso ao seu contexto familiar, cultural e social. O ESF é constituído por uma equipe mul- tiprofissional oferecendo assistência à família, por meio de Médicos, Enfermeiros, Auxiliares de enfermagem, Agentes Comunitários e Odontólogos (FERTONANI et al, 2015; MEDEIROS et al, 2010). O trabalho aqui apresentado fora realizado em uma unidade que ain - da não se configura como ESF, mas sim em uma equipe básica de uma Unidade Básica de Saúde, o que acarreta em uma série de dificul - dades para o atendimento e a formação de vínculo com os sujeitos da comunidade; não obstante, buscou-se trabalhar com a interdisciplina- ridade, para além da articulação ensino/serviço, de modo a envolver também os trabalhadores da Unidade. Em se tratando de profissionais da saúde envolvidos em uma equipe interdisciplinar, faz-se necessário que, além de pensar indivi - dualmente em sua área de atuação, hajam discussões e reflexões sobre a proposta elaborada no Plano Terapêutico Singular 5 para o sujeito, de modo a não esquecer de sua integralidade e contexto de vida. Acredita- mos ser de extrema importância pensar em um acompanhamento que tenha sentido para o sujeito, facilitando a efetivação dos encaminha- mentos propostos e proporcionando um maior vínculo com os profis - sionais (REZENDE et al, 2009). 5 O Plano Terapêutico Singular (PTS) é um documento elaborado a partir de um conjunto de propostas para o acompanhamento dos sujeitos, famílias ou coletividades de forma articulada, de modo a traçar estratégias de intervenção levando em consideração a equipe, a rede do sujeito e/ou família, o território em que se insere, envolvendo os mesmos nessa elaboração. A elaboração do PTS se dá nos encontros com os sujeitos e deve ser constantemente revisitada (HORI; NASCIMENTO, 2014).

RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz