Redes: força de produção em um serviço escola

Layanna Freiberger e Rosana Cecchini de Castro 87 Amaral (2012) analisa que os encaminhamentos de crianças com queixa escolar, de um serviço-escola são muitas vezes referentes a problemas de aprendizagem, de comportamento, emocionais e outros relacionados a questões escolares. Em determinadas circunstâncias é possível perceber uma falta de reflexão dos professores acerca do contexto escolar do aluno enca- minhado, sendo assim, intervenção junto às escolas para o esclarecimento do trabalho do psicólogo e para a reflexão sobre as condições dos processos de ensino-aprendizagem e emocionais são de grande relevância para o tratamen- to das crianças e adolescentes em atendimento. Quando os problemas são especificamente de aprendizagem pode- mos contar com o encaminhamento para o EDUCAS - Programa de Educa- ção e Ação Social, que disponibiliza apoio especializado às crianças e adoles- centes, assim como para seus cuidadores e escolas. Os atendimentos são em grupos interdisciplinares, contemplando as áreas de Psicologia, Pedagogia e demais Licenciaturas, visando às necessidades de ensino e de aprendizagem dos sujeitos atendidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao aceitar as crianças e adolescentes como pacientes, propondo aten- dimento psicológico, é de grande importância e relevância conhecê-las como um todo, podendo analisar também as condições de escolarização das mes- mas, trabalhando de forma mais ampliada, conhecendo a rede de relações e de apoio que envolvem o paciente (ZIBETTI et al, 2010). A escola é um ambiente de desenvolvimento e aprendizagem de mui- ta relevância, sendo também onde aparecem diversos conflitos e problemas nas crianças e adolescentes. Sendo assim, muitos desses casos são encaminha- dos para área da psicologia, com inúmeras queixas diferenciadas, em busca de um cuidado e auxilio para poderem enfrentar suas demandas. Estar em contato com e escola é algo que auxilia muito no tratamento psicológico dos pacientes, pois, em determinados casos, é possível criar uma rede de apoio, onde tanto a escola, como os cuidadores e psicólogo tem um papel funda- mental, conseguindo fazer trocas e discussões. Pelo fato de ter uma grande procura de atendimentos psicológicos para crianças e adolescentes no PAAS, muitos estágios acabam tento esse contato e vínculo com a escola onde o paciente estuda. Esta rede feita entre o PAAS e as instituições de ensino é algo que, além de auxiliar no tratamento dos pacientes, é uma vivência enriquecedora e muito agregadora para forma- ção dos estagiários, pelo fato de terem a oportunidade de trabalhar em rede a ampliar o olhar para além da clínica. É uma atuação que tem como propósito

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