Redes: força de produção em um serviço escola

Layanna Freiberger e Rosana Cecchini de Castro 83 sua aprendizagem, comportamento, relações sociais, etc. Também é importante conhecer como a escola se refere à família do paciente e se aporta referências com relação a mesma que possam ser relevantes a situação cuja compreen- são e conhecimento buscamos ampliar. Após termos clareza do significado do contato com a escola, combinamos com o paciente e seus cuidadores que irá ocorrer um diálogo com os responsáveis da escola, e que tal procedimento, está pensado sempre na melhoria do atendimento do paciente. Neste momento, colocamo-nos à disposição para dúvidas e questionamentos e também preci- samos estar preparados para a negativa seja do paciente ou do familiar relativa à nossa ida à escola, Diante de tal fato, em geral buscamos trabalhar mais deti- damente o fato, apurando quais os elementos aí implicados. Muitas vezes, foi necessário adiar a vista, até que a clareza dos propósitos de nossa ida à escola, estivessem suficientemente evidentes para todos. Em geral, as discussões feitas com os professores e coordenadores das escolas são enriquecedoras, pelo fato de ajudar a entender melhor o con- texto em que a criança ou adolescente estão inseridos, como são vistos, bem como poder desenvolver um trabalho em conjunto e potencializar o processo terapêutico. Quando o paciente confia no seu terapeuta e conta, na forma de fala ou lúdica, os seus conflitos ele também demostra que existe uma relação de confiança entre ambos. Dessa forma, as trocas devem sempre ter uma perspectiva ética e respeitar o sigilo, realizando combinações prévias sobre o que será conversado na escola. (POLLI et al, 2013). O primeiro contato com a escola ocorre pelo telefone do PAAS, acon- tecendo, em seguida a visita, que se efetiva com carro e motorista que a UNI- SINOS disponibiliza para esse tipo de atividade. Tais procedimentos visam a segurança do estagiário responsável pelo caso, sendo assim, é importante que o mesmo esteja apropriado das normas de funcionamento da instituição onde realiza sua atividade como estagiário profissional. Nesta perspectiva, a organização e a clareza de suas regras passam a ser um pilar importante na formação acadêmica, à proporção que a própria instituição transmite um referencial em termos da conduta profissional e dos aspectos éticos que en- volvem a integração psicológica (SEI; PAIVA, 2011). A composição de pesquisas e reflexões sobre o campo de atuação entre a psicologia e a educação é muito importante e necessária, pela contri- buição ao debate estabelecido, e por permitir revelar cooperação para estabe- lecer a atuação profissional no contexto da instituição escolar (MEDEIROS; AQUINO, 2011). Diversas vezes, durantes os atendimentos ou acolhimentos feitos no PAAS, verificamos que há dificuldades de enxergar qualidades na criança ou

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