Redes: força de produção em um serviço escola
82 Rede de apoio entre o PAAS e as escolas de São Leopoldo trabalho interprofissional e a possibilidade do estabelecimento de parcerias e do trabalho em rede. PALAVRAS-CHAVE: Rede; escolas; atendimento psicológico; crianças; adolescentes. CRIANÇAS, ADOLESCENTES E SUAS ESCOLAS A escola compõe um contexto diversificado de aprendizagem e de- senvolvimento, ou seja, é um local que reúne distinção de conhecimentos, ati- vidades, regras e valores. Trata-se de um ambiente multicultural, abrangendo também a construção de laços afetivos e preparo para inserção na sociedade. A escola surge, portanto, como uma instituição fundamental para o indivíduo e sua constituição, assim como para a evolução da coletividade e da humani- dade (DESSEN; POLONIA, 2007). Moreira e Cotrin (2016) referem que muitas dificuldades emocionais e conflitos internos podem aparecer quando a criança toma contato com um ambiente que chega a tronar-se desafiador e até mesmo hostil, como o esco- lar, podendo se tornar assim caracterizado. Por este fato, é muito relevante buscar a análise e a compreensão, para além de um caso clínico e individual de cada criança e adolescente, pois, quando temos contato com o contex- to social, cultural e histórico, teremos elementos provenientes de diferentes âmbitos podendo, somente a partir do conjunto destas variáveis, pensar e desenvolver um atendimento psicológico. Prebianchi e Cury (2005) trazem que no Brasil a elaboração e execu- ção de ações no campo infanto-juvenil devem compor as políticas públicas de saúde mental, acatando as diretrizes do processo da Reforma Psiquiátrica Brasileira e os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente. Levando em conta que a saúde mental integra, em muitos casos, um dos componen- tes envolvidos nas dificuldades de aprendizagem e saúde geral da criança e considerando sua etiologia multicausal e o envolvimento dos determinantes biológicos, psicológicos e sociais, ressaltamos a importância da psicoterapia, como tratamento também para os pacientes infantis. Em nossa prática, no PAAS, quando observamos a necessidade de con- tatar ou ir até a escola frequentada pela criança ou adolescente tratamos, primei- ramente, de discutir o caso em supervisão. Assim, procuramos identificar como será feito o diálogo entre o serviço e a escola, averiguando o que será importan- te questionar, como por exemplo, qual a forma de convívio do paciente com os demais colegas, como se dá sua inteiração com os professores e também como os professores e coordenadores percebem o aluno em questão, considerando
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