Redes: força de produção em um serviço escola
Amanda Lemos da Silva, Cauê Rodrigues, Mauro Antônio Félix e Nelson Eduardo Estamado Rivero 63 obteve 61 pontos, um nível de independência funcional baixo, necessitando de auxílio para praticamente todas suas atividades de vida diária; na Escala de Avaliação de Risco apresentou 8 pontos, R-2 risco médio, pela sua falta de autonomia, na Escala Modificada de ASHWORTH mostrou que em relação ao membro superior direito (MSD), o MID apresenta um aumento no tônus mais acentuado, pontuando 1 e 2, respectivamente. Mostra-se com grande vontade de melhorar, porém por vezes parece gostar de ser passivo e necessitar de cuidados em tempo integral, como se a situação lhe fosse con- fortável. A Usuária 2 é a cuidadora do seu esposo, tornou-se totalmente res- ponsável pela família após ele ter AVC. Relata dor na coluna cervical e toráci- ca, apresentando tensão muscular na região cervical, torácica e lombar, com aderência na lombar e contratura muscular no músculo psoas no lado es- querdo. Diz ter incontinência urinária, principalmente ao espirrar, rir e fazer esforço físico, assim como sentir uma grande dor no corpo (SIC) ao longo do dia, a qual alega ser por fazer todas as tarefas sozinhas e pelo esposo pedir sua ajuda até mesmo para coisas que ele poderia realizar sem auxílio. Na es- cala MIF pode-se concluir que ela possui independência funcional completa, apresentando diminuição da funcionalidade apenas no controle de esfíncte- res, totalizando ao final 122 pontos. Na Escala de Avaliação de Risco apre- sentou risco zero, com 2 pontos. Em relação ao questionário QASCI Brasil , pode-se observar que os domínios no quais ela mais se sente sobrecarregada é no emocional e no apoio familiar, o que corrobora os dados coletados na anamnese e nas avaliações diárias a cada visita ou atendimento. A relação do casal é conflitante, o Usuário 1 possui uma relação de depen- dência com a esposa, necessitando dela para realizar suas necessidades bási- cas, como ir ao banheiro, tomar banho, se alimentar, etc., porém ao mesmo tempo, tem uma relação de dominação sobre a mesma, tentando controlar como ela se sente e se expressa aos outros, não gostando quando ela conta de seus sentimentos. Nota-se que a união do casal é por codependência e acomodação, sendo assim, a posição de cuidadora que a Usuária 2 assume possibilita ao esposo sanar os cuidados que ele precisa, podendo influenciar numa dificuldade, até mesmo inconsciente, de sair de sua situação atual. Esta situação influência ambos, pois garante a ela uma posição de reconhecimento e de se sentir útil e insubstituível, sendo ela a total responsável pelo compa- nheiro enfermo, por gerenciar a casa e a família. A vida dos cuidadores informais pode ser afetada de várias formas, sendo frequente terem sua relação familiar, de trabalho, sua situação econô- mica, tempo de lazer, saúde e estado de ânimo afetados, predispondo-os a
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