Redes: força de produção em um serviço escola

Isamara Della Favera Allegretti 19 Outro destaque identificado na literatura é que, qualquer atividade de extensão, para que possa ser caracterizada como tal, pressupõe o protago- nismo dos alunos em todas as etapas de sua organização e desenvolvimento, e não sua mera participação. Deve ser supervisionada por professores ou técnicos da instituição, contribuindo para o ensino e a pesquisa e sendo por eles alimentada. O tripé ensino, pesquisa e extensão, articulados de modo indissociável, pressupõe currículos integrados com a realidade social (COM- PANHIA DE JESUS, CURIA, 2015, p. 53-54): É certo que esse tipo de experiência corre o risco de descambar para um turismo social, no qual o contato não vai além de um roçar super- ficial e sem consequência para a pessoa (...). Para evitar esse risco, os programas devem desenvolver-se sob algumas condições: em primeiro lugar devem integrar-se na proposta acadêmica. Para isso, devem ser supervisionadas por professores experimentados que dispõem dos co- nhecimentos necessários nas áreas em que trabalham os estudantes. Entre as possibilidades identificadas para ampliar a participação dos alunos em atividades extensionistas estão os programas e projetos sociais vinculados à Universidade. Tais programas/projetos estão sob a responsabili- dade do Centro de Cidadania e Ação Social (CCIAS) e alinhados ao programa jesuíta de responsabilidade social universitária. O primeiro passo, então, foi o mapeamento das possibilidades de am- pliação da participação dos alunos nos programas e projetos, o que ocorreu através de visitas e conversas como coordenadores dos programas e projetos. Estas conversas foram precedidas de uma participação na reunião dos coor- denadores dos projetos sociais, com vistas a explicar a proposta de curricula- rização. O objetivo de tais conversas foi identificar as potencialidades de cada projeto para ampliar a participação dos estudantes, não apenas através de um maior número de alunos em estágios curriculares, mas através de uma articula- ção mais efetiva por dentro dos currículos dos cursos de graduação, quer seja por intermédio de Atividades Acadêmicas com características extensionistas ou mesmo por projetos específicos construídos por alunos de diferentes cursos. Algumas questões foram pensadas para iniciar essa rodada de con- versas: • Que saberes os Projetos contemplam para receber alunos de dife- rentes cursos? Quem fará a supervisão local destes alunos? • Quais as demandas previstas para cada projeto por semestre? Isso possibilitaria inserir alunos através de práticas nas Atividades Acadêmicas?

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