Redes: força de produção em um serviço escola

18 Redescobrindo a extensão universitária na Unisinos O título escolhido para este relato pode causar estranhamento, prin- cipalmente para aqueles que estão diretamente envolvidos com programas e projetos sociais na Unisinos. Mas ele reflete, de certo modo, uma surpresa e uma preocupação quanto a um tema tão caro no meio acadêmico. Em meados de 2016 recebi o convite da Unidade Acadêmica de Graduação (UAGRAD/Unisinos) para participar de um projeto que tem por objetivo a curricularização da extensão nos Cursos de Graduação da Universidade. Tal projeto procura responder a uma diretriz do Plano Na- cional de Educação (PNE – Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014) que prevê um percentual mínimo de 10% do total de créditos curriculares em programas e projetos de extensão universitária, cujas ações devem estar orientadas, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social. Cabe ressaltar, entretanto, que a extensão universitária é, de longa data, tema em pauta no meio universitário, sendo os documentos que mais recentemente o fundamentam a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 207 (afirma o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão), a Lei de Diretrizes e Bases (LDB/1996), que indica ser uma das finalidades do En- sino Superior a promoção da extensão e a Lei que instituiu o Sistema Na- cional de Avaliação da Educação Superior (SINAIS), ao afirmar como ele- mento passível de avaliação das instituições de ensino superior as diferentes dimensões institucionais, entre elas a política para a extensão acadêmica e a responsabilidade social da instituição (Lei n. 10.861, de 14 de abril de 2004). No que se refere aos documentos internos, a extensão universitária é presença destacada nas Diretrizes institucionais da Unisinos, presente no Plano de Diretrizes Institucionais (PDI) como Política Acadêmica para Ex- tensão e Intervenção Social (PDI Unisinos 2014-2017). Na busca pela apropriação do tema, busquei referências em diferentes artigos, principalmente naqueles que relatavam experiências de outras insti- tuições universitárias quanto ao processo de curricularização. Um conceito fartamente presente na literatura para Extensão Universitária, e defendido pelo Fórum de Pró-Reitores das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras (FORPROEX), é aquele proposto na Política Nacional de Exten- são Universitária (2012, p. 28): A Extensão Universitária, sob o princípio constitucional da indis- sociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão é um processo in- terdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre Universidade e outros setores da sociedade.

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