Redes: força de produção em um serviço escola
10 Apresentação dêmicos, professores e técnicos sobre sua prática em um serviço escola inter- disciplinar, com o objetivo de contribuir para uma formação de profissionais comprometida com a ampliação da atenção e os princípios das políticas de saúde. Este quarto volume da série conta com a continuidade da parceria dos Cursos de Graduação de Enfermagem, Nutrição e Psicologia, assim como o apoio da Ação Social e da Unidade Acadêmica de Graduação da UNISINOS. O tema escolhido para o Cadernos do PAAS no seu Volume 4 foi “Redes”. Este conceito/princípio presente no serviço refere-se às diferentes redes construídas no cotidiano de trabalho, tanto nos espaços internos quan- to nas relações que se constroem para além dos muros do PAAS. Trata-se de um movimento constante desde a concepção de saúde, das práticas de cuida- do, das relações interprofissionais e interinstitucionais, ou seja, trata-se de um movimento presente como princípio e como prática na formação e atenção ofertada no serviço. O conceito de rede no campo da saúde o conceito de rede não é estranho, ao contrário, é algo fundamental para entendermos a proposta do sistema único de saúde (SUS), a forma de cuidado e atenção à população e até mesmo a concepção de saúde presente em nossa política de saúde. No siste- ma a rede tem mais visibilidade através da organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) que “são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010 – portaria nº 4.279, de 30/12/2010). Mas o conceito de rede não é uma prerrogativa ou uma invenção do campo da saúde. Surge mais especificamente para designar relações comuni- cacionais. Aos poucos foi se apresentando como uma forma de organização. Diferente dos modelos estruturais, hierarquizados, propõe um funcionamen- to apoiado no movimento entre seus “nós” e não uma relação de produção linear. A rede não tem centro ou mesmo hierarquia e somente estará ativa quando seus integrantes a “aquecerem”. Assim, apresenta-se para além de uma forma de organização, a rede alcança um patamar político, ou seja, se apresenta como maneira de pensar as relações, as instituições e as políticas de direitos como a saúde, a educação, a assistência social, entre outras. Portanto, no PAAS o conceito de rede inevitavelmente faz parte dos princípios que sustentam a prática de cuidado e a proposta de formação em saúde. Portanto, ao escolher Redes como tema do Cadernos do PAAS, que- remos convidá-los a contribuir com textos que possam ser produzidos como efeitos das práticas que vem desenvolvendo no serviço, contemplando desde a vivência com redes formalmente construídas (como a rede de saúde ou
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