Projeto de Atenção Ampliada à Saúde: 20 anos de desafios e possibilidades
72 PAAS: um presenta de novas parcerias problemas concretos. (PERRENOUD, 2002). O trabalho em grupos interprofissional estimula a cooperação e a interação humana e cons- titui-se como oportunidade para aprender a ouvir e receber críticas. Nesse âmbito, os problemas são apresentados, discutidos e rediscuti- dos após um estudo individual sobre eles. (BATISTA, 20012). Esta integração ensino-serviço-comunidade, o trabalho coleti- vo, pactuado e integrado de estudantes e professores dos cursos de for- mação na área da saúde com trabalhadores que compõem as equipes dos serviços de saúde, incluindo-se os gestores, visando à qualidade de atenção à saúde individual e coletiva, à qualidade da formação profis- sional e ao desenvolvimento/satisfação dos trabalhadores dos servi- ços produz mais saúde e eficiência frente as necessidades das pessoas. (ALBUQUERQUE, 2008). Para tal, contempla-se a prestação de serviços à comunidade, aprofundando a Responsabilidade Social Universitária e são geradas inúmeras vivências aos alunos, transformando estes em sujeitos res- ponsáveis socialmente e que buscam conhecimentos para além dos desenvolvidos em aula, uma vez que são sensibilizados pelos contatos sociais com as pessoas e suas famílias, culminando em experiências culturais distintas das suas. (UNISINOS, 2005). Destaca-se que esta estratégia pedagógica produz uma forma- ção problematizadora da realidade social e está fortemente embasada na proposta de Paulo Freire (1996), ao aluno vivenciar uma condição de saúde, refletir sobre ela e gerar uma nova ação transformadora dessa realidade (ação-reflexão-ação). As estratégias pedagógicas apresentam- -se como variadas, porém, enfatizam o aluno como sujeito ativo de seu processo de aprendizagem, bem como o professor como mediador do ensino, através de metodologias ativas, da pedagogia por projetos ou outras estratégias de ensino e aprendizagem. Também traz a inten- ção de construir uma formação em realidades sociais, o que, além de sensibilizar os sujeitos-alunos para a humanização, gera a necessida- de de serem implicados nos seus processos de formação, produzindo possibilidades de tornarem-se sujeitos que “aprendem a aprender. ” (MITRE et al., 2008). Por fim, tem-se que considerar que a formação acadêmica do profissional fisioterapeuta deve desenvolver competências para o tra- balho em equipe multiprofissional a partir da estratégia da Educação
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