Projeto de Atenção Ampliada à Saúde: 20 anos de desafios e possibilidades

PAAS: 20 anos de acolhimento, afecções e saúdes 61 me sinto melhor em relação a isto, percebo que quem mais perdeu com isso, fui eu. Mudanças não me assustam mais, tenho serenidade para enca- rar qualquer desafio à minha frente. Hoje converso abertamente com meus filhos, inclusive sobre meus problemas e de como é difícil ser mãe; esta atitude acaba nos aproximando ainda mais. Além de mim, minha filha também é atendida pelo PAAS, ten- do acompanhamento individual, uma vez por semana, eu como mãe, enxergo a melhora em seu comportamento. No acompanhamento me sinto verdadeiramente acolhida, quando chego, sou chamada pelo nome e as meninas da recepção transparecem simpatia, acho isso bem importante. Na vida agitada que levo, o tempo que dedico ao grupo é de suma importância para mim. São as horas que não abro mão, são raras as vezes que necessito faltar. Meu nome é Eduarda e sou 100% PAAS. ... HOJE SOU UMA PESSOA MELHOR Graças ao atendimento terapêutico do PAAS hoje sou uma pessoa melhor. Os gigantes medos, inseguranças ficaram mais leves. Sempre fui bem acolhida do atendimento da recepção ao atendimento terapêutico. Hoje tenho 70 anos e desde muito nova fui muito confusa, reprimida e insegura. Tive muitas perdas e muitas decepções em minha trajetória. Hoje em dia não temos mais com quem dialogar, desabafar, conversar sobre nossos problemas e dificuldades. Temos muitas dú- vidas em nossa sobrevivência, convivência, são muitas divergências, é muito difícil fazer amizades. Cada um tem suas próprias opiniões. E o medo da solidão, querendo agradar a todos. Quando comecei a terapia não conseguia olhar nos olhos das pessoas, desviava o olhar para falar com elas. Eu era muito tímida, vivia me escondendo, tinha muita vergo- nha. Hoje consigo falar com as pessoas com mais atenção e não tenho mais tanta timidez. O PAAS me proporcionou essa força de enfrentar a vida com mais naturalidade. No PAAS as secretárias são incansáveis, sempre me acolheram com um sorriso me chamando pelo nome. Rosa Pereira Vargas