Projeto de Atenção Ampliada à Saúde: 20 anos de desafios e possibilidades

24 PAAS: 20 anos de desafios e possibilidades mentar um trabalho ampliado e em rede desde nós próprios. Mas, não foi um primeiro semestre fácil este de 2016. Idas, vindas, movimentos errantes, afirmações e renúncias, encontros e desencontros fizeram parte deste barroco movimento de reinventar-se. Iniciamos mantendo uma parte dos núcleos e outra parte descolada de sua característica nu- clear; apostando no início da formação continuada como estratégia que auxiliaria no redesenho, assumindo paradoxos em nossos dias. Finalmente, no início do segundo semestre de 2016, conse- guimos construir possibilidades para uma nova forma de organizar o PAAS. Neste processo estiveram presentes técnicos, professores e esta- giários, seja por voluntariedade e disposição em participar, seja porque foi impossível ficar de fora ou não ser afetado pelos movimentos do serviço naqueles tempos. De certa maneira se pode dizer que foi um passo importan- te no deslocamento de um serviço escola sustentado por uma pers- pectiva de trabalho própria da modernidade para um serviço escola que busca referências no contemporâneo. No lugar de estruturas fixas, redes; no lugar de núcleos, projetos; no lugar de rotinas e padroniza- ções, fluxos e modulações. Ou seja, a partir de um novembro “comum” em São Leopoldo, de dificuldades “comuns” dos projetos sociais da UNISINOS, das inquietações “comuns” de uma avaliação de um ser- viço interdisciplinar foi possível chegar a um comum repleto de dife- renças que nos desafia para assumir o lugar da conciliação cômoda e apequenada entre as especificidades disciplinares. Um comum 6 potente pelas diferentes formas de cuidar em saúde. Hoje nosso desenho tem como início de sua apresentação os cinco princípios: rede, interdisciplinaridade, clínica ampliada, grupalidade e acolhimento . Nosso objetivo está dirigido constituído a partir das duas naturezas do projeto: assistência à saúde à população vulnerável de São Leopoldo e à formação em saúde. Temos condições de incluir neste nível outra linha constitutiva: a extensão universitária. Segue-se, neste 6 O comum não como o que é igual, mas como produção a partir das diferenças como concebido na proposta da Clínica Comum desenvolvida por CAPOZZOLO, A. A.; CASETTO, S. J.; HENZ, A.(Orgs.). Clínica comum itinerários de uma formação em saúde . São Paulo: Hucitec, 2013. Em 2013 foi o tema do Seminário Interdisciplinar do PAAS contando com a presença do prof. Dr. Alexandre Henz. Na segunda edição do Cadernos do PAAS há um artigo desenvolvido a partir des- te tema por estes autores.

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