Grupalidade em um serviço escola: multiplicidades de um fazer cotidiano

Vanessa Trintin Rodrigues, Gibson Juliano Weydmann e Martha Wallig Brusius Ludwig 81 sas vezes colocava-se no lugar do filho diante de situações difíceis. É dedicada e está sempre buscando melhorar sua postura enquanto mãe. Diante disso, os coordenadores entenderam que não há necessidade de que P4 permanecesse no grupo de pais. No decorrer dos encontros bem como no final destes, as parti- cipantes deram aos coordenadores feedbacks sobre como se perceberam ao longo do processo e acerca do andamento do grupo. Todas as mães citaram a relevância do grupo para pensar formas diferentes na relação que estas têm com os filhos. Duas mães relataram que sua forma de agir com as filhas mudou desde os primeiros encontros, tendo estas se colocado mais no lugar das filhas e pensado mais sobre o quanto elas mantém o comportamento-problema das meninas. Sugeriram que as próximas edições tenham mais participantes, a fim de que possam trocar experiências com mais pessoas. Considerações finais Foi possível perceber que, ainda que durante o andamento do grupo a proposta tenha sido modificada, não seguindo diretamente o que Marinho (2005) propõe, houve evolução no processo do grupo como um todo e de cada participante individualmente. No decorrer dos encontros, as mães demandavam um espaço de escuta sobre a re- lação destas com seus filhos(as), o que eventualmente levava as par- ticipantes do grupo a se conectarem através da demanda que estava sendo trazida. Ambos os coordenadores perceberam que a escuta das queixas destas com os filhos, no processo grupal, favorecia o vínculo destas com os coordenadores e a coesão do grupo, além de facilitar o aprendizado das temáticas trabalhadas nos encontros. A empatia esteve presente ao longo do processo grupal através dos conselhos que as participantes davam umas às outras e o grupo se uniu ao longo do processo. Os coordenadores notaram que as falas das participantes e suas preocupações com relação ao papel que estas exerciam no desenvolvimento dos filhos demonstrava o quanto o gru- po pode, através de uma escuta guiada e de intervenções instrutivas, modificar a percepção das mães sobre o comportamento dos filhos. Referências ASBAHR, Fernando R.; ITO, Ligia M. Técnicas cognitivo-comportamentais na in- fância e adolescência. In: CORDIOLI, Aristides V. (Org.). Psicoterapias : abordagens atuais. Porto Alegre: Artmed, 2008. cap. 40, p. 731-744.

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