Grupalidade em um serviço escola: multiplicidades de um fazer cotidiano
78 Grupo de Treinamento de Pais: um relato de experiência Quadro 1. Número de sessões (S), Objetivo das sessões e Desenvolvimento do grupo S Objetivo Desenvolvimento 1º Escuta das demandas ini- ciais, Contrato Terapêutico e Objetivos do Grupo As mães falaram sobre suas relações com seus filhos(as); foi informado sobre o contrato e ob- jetivos do grupo. 2º Identificar através da escuta as principais demandas. Síntese das queixas, que auxiliou no planejamento de possíveis intervenções. 3º Trabalhar a empatia das mães pelos filhos. “O que eu faria no lugar de meu filho(a)?” As participantes tiveram dificuldade de se imagi- nar no lugar dos filhos, principalmente por con- siderarem a educação que tiveram como único “modelo” a ser seguido. 4º Bases do comportamento e o modelo de Seleção por Consequências. “Como meu comportamento influencia o comportamento de meu filho(a)?” As mães elencaram situações-problema que tive- ram com os filhos (as) na última semana. Através de psicoeducação, identificaram como seu com- portamento influenciou através de reforço ou punição o comportamento dos filhos. 5º Respostas das mães diante do comportamento-problema do filho. “Qual a função do com- portamento de meu filho?” As mães foram conduzidas a identificar a influ- ência destas nas queixas que traziam sobre os fi- lhos e a que servia o comportamento tido como “problema”. 6º Compreender que ações das mães tornam mais saudável a relação destas com a criança. “O que é uma relação saudável para mim e para meu filho?” As demandas da semana foram acolhidas. Após, as mães foram convidadas a pensar quais ações, e as consequências destas, que estavam de acordo com o que entendiam como “relação saudável” entre elas e os filho (as). 7º Escutar as demandas das mães e retomar os debates sobre em- patia, comportamento e relação saudável. As mães trouxeram relatos da semana e houve apoio entre elas para compreender o comporta- mento dos filhos de acordo com a consequência deste no comportamento da mãe (relação). 8º Escutar as demandas das mães e retomar os debates sobre em- patia, comportamento e relação saudável. As mães comentam pequenas mudanças no jeito de agir com os filhos. Sendo assim, por empatizar mais com os filhos, agem de forma menos puniti- va diante dos comportamentos-problema. 9º Escutar as demandas das mães e retomar os debates sobre em- patia, comportamento e relação saudável. As participantes do grupo demonstraram maior interação entre si, oferecendo alternativas sobre como responder aos comportamentos que consi- deram um problema. 10º Escutar as demandas das mães e retomar os debates sobre em- patia, comportamento e relação saudável. As mães analisaram suas respostas (principalmen- te punitivas) de acordo com a educação que es- tas receberam. Apesar de considerarem que essa educação funcionou na época, lembraram-se do quanto sofriam e acreditam não querer o mesmo para seus filhos. 11º Devolução acerca do desenvol- vimento das participantes ao longo do grupo e do encami- nhamento a ser dado para cada caso. Em atendimento individual, as melhoras obser- vadas pelos coordenadores no que confere ao processo das mães e a relação destas com os filhos(as) foram mencionada. Feedback das mães sobre como se perceberam ao longo do processo. Fonte: dos autores.
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz