Grupalidade em um serviço escola: multiplicidades de um fazer cotidiano
Débora Cipriani, Francine N. de Souza, Juliana S. Ribeiro, Larissa B. da Luz, Luana de Castro Flores e Rosana C. de Castro 47 do e transformando as emoções, angústias, sentimentos e frustrações que nos são despertadas ao longo deste aprendizado do exercício da nossa profissão. Os encontros nos trazem uma sensação de amparo e pertencimento, viabilizando a possibilidade de ganhos no sentido do compartilhamento das experiências e de identificações, permitindo o surgimento de elementos facilitadores para o desenvolvimento das competências para tornar-se psicoterapeuta. Considerações finais Imersas em um contexto de ensino-aprendizagem, nos damos conta que na medida em que construímos vínculo e confiança entre as estagiárias e a supervisora, fazemos do grupo um local de refúgio de nossas angústias e alegrias, sendo que assim este se tornou também um espaço continente. Aliada a esta continência, percebemos a importân- cia da interação presente em nosso grupo e identificamos que ambos os elementos favoreceram nosso processo de aprendizado. No processo de aprendizado, a supervisão em grupo foi aos poucos dando sentido às noções da metapsicologia, onde com a importante participação da supervisora e contribuição das estagiárias fomos aprendendo a compreender e a trabalhar com o inconsciente, transferência, pulsão, resistência e repetição, desenvolvendo assim as competências necessárias para nos tornarmos psicoterapeutas. Ao longo dessa vivência, fomos instigadas a seguir aprimorando tais competências, acreditando que a prática psicoterapêutica é um eterno aprendizado. Os encontros do grupo de supervisão, em meio a um percurso árduo de desafios, permeado por ansiedades, angústias, inquietações, alegrias e conquistas nos mostrou a importância de falar dentro do gru- po sobre os nossos sentimentos. Na interação com as integrantes do grupo, tivemos a oportunidade de olhar com maior intensidade nossas fragilidades, desvelando resistências, aprendendo que o diálogo é uma alternativa para lidar com os sentimentos que nos foram despertados ao longo do período de estágio. Segundo Ávila (2009), ganhamos com a própria experiência de sermos grupo, de vivenciarmos esse desafio da dimensão que não é claramente visível; que é latente, inconsciente, mas que também se constitui como dimensão do grupo e que é formado a partir das relações entre as pessoas. Introjetarmos conhecimentos téc- nicos, a ética e a rica experiência que tivemos como integrantes do gru- po de supervisão e também com a possibilidade de sermos terapeutas
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